Um porta-voz de Roman Abramovich afirmou nesta segunda-feira que o dono do Chelsea está a tentar influenciar as negociações entre Ucrânia e Rússia, para um acordo de paz.

O Jerusalem Post noticiou que o multimilionário russo, que desde abril também tem nacionalidade portuguesa, está na Bielorrússia onde decorrem as negociações.

«Posso confirmar que Roman Abramovich foi contactado pelo lado ucraniano para obter apoio na obtenção de uma resolução pacífica e que está a tentar ajudar desde então. Tendo em conta o que está em jogo, gostávamos que compreendessem por que não comentámos sobre a situação ou sobre o seu envolvimento», disse um porta-voz de Abramovich à PA, agência de notícias do Reino Unido.

Desde que o conflito armado começou, a imprensa tem tentado obter reações de Abramovich que, diz a mesma fonte, foi instado a ajudar pelo lado ucraniano, através de um produtor cinematográfico, já depois de ter entregado a gestão do clube londrino: o Chelsea pronunciou-se sobre o conflito após essa decisão.

«Confirmo que o lado ucraniano tem tentado encontrar alguém na Rússia que tenha vontade em ajudar a encontrar uma solução pacífica», disse o porta-voz, que reconheceu que a influência de Abramovich é «limitada».

A ligação entre o dono do Chelsea e o lado ucraniano é feita através da comunidade judaica. A família do multimilionário russo é judia e foi devido a essa «herança» que Roman Abramovich obteve passaporte português: a PGR, recorde-se, abriu uma investigação sobre o caso.

A comunidade judaica tem presença na Ucrânia há vários séculos, é uma das maiores em território europeu e o presidente da República, Volodymyr Zelensky, é ele próprio judeu.