Ronaldinho puxa dos galões. O jogador do Milan, que se estreia nesta quarta-feira na Liga dos Campeões com o Auxerre, não se conforma por ter falhado o Mundial e não faz por menos: «Nenhum outro brasileiro esteve melhor que eu na Europa.»

O craque falou em entrevista ao jornal LEquipe, onde começou por recordar os tempos em que jogava no PSG. Aliás, estreou-se na Liga francesa precisamente frente ao Auxerre. Aos 30 anos, Ronaldinho faz um balanço da carreira e admite que a adaptação ao Milan, onde chegou em 2008 depois do Barcelona, não foi fácil.

«Depois de ter ganho tudo no Barça, foi difícil. Mas na época passada relancei-me, graças a um grande treinador, Leonardo. Ele deixou-me fazer em campo o que gosto», diz, para completar, entre risos: «Mesmo quando não era muito bom, posso dizer que fazia muito mais que outros jogadores...»

«Hoje estou ao mesmo nível de quando estava no Barça. Quando um jogador joga muito bem as pessoas habituam-se. E, se jogas um pouco menos bem, questionam. E inventam tanta coisa¿», lamenta ainda, ele que foi tantas vezes notícia por festas e saídas nocturnas.

De resto, Ronaldinho não se conforma por não ter sido convocado por Dunga para o Mundial 2010. «Nenhum outro brasileiro esteve melhor que eu na Europa. Merecia ser convocado», defende. Ele que, jura, não viu um único jogo da África do Sul: «Nem um. O que eu gosto é de jogar, não ficar 90 minutos frente à TV a ver um jogo.»

Posto isto, Ronaldinho não só se vê a jogar ainda o Mundial 2014, no Brasil, como aponta a 2018. «2014 seria muito bonita. Mas também há o Mundial 2018. A idade não é problema para mim. Fui companheiro de equipa do Paolo Maldini, que jogou até aos 40 anos. Quero fazer como ele.»