«Os insultos começaram comigo. Não os vejo como racismo. As pessoas gritavam para me afetar, para que não jogasse bem. Não podemos ficar perturbados com o que dizem os outros. Sinto-me muito bem aqui, com o carinho das pessoas de Madrid e também das pessoas de fora, embora menos. Não sinto racismo nem nada. Gosto muito de Espanha, das pessoas. Estou muito contente», disse o internacional português.
Cristiano Ronaldo saiu também em defesa de Gareth Bale, contratado esta época. «Teve dificuldades desde que chegou, não fez pré-época e esteve lesionado. Se falas com ele percebes que está muito entusiasmado, mas é preciso deixá-lo, não pressionar. É um rapaz estupendo, que quer sempre aprender. É muito pressionado pelo que custou, mas isso não é bom para. Devemos ajudá-lo e não pressioná-lo. Seria o melhor. Deixá-lo tranquilo, pois estou cem por cento seguro que vai ser muito bom para a nossa equipa», disse Ronaldo, defendendo que é compatível com o galês.
Questionado se Bale tinha copiado a sua forma de cobrar livres, Ronaldo respondeu negativamente: «Não me parece. Se me pedir conselhos é certo que os dou, mas ele tem o seu estilo e eu o meu. É um rapaz muito humilde, que vejo tranquilo, a querer aprender, mas não o vejo a copiar-me.»
Confrontado com a preferência de Zidane por Ribery, no que diz respeito à atribuição da Bola de Ouro, Ronaldo garantiu respeitar a escolha do treinador adjunto do Real Madrid. «Sempre respeitei as opiniões. Trabalho para melhorar, para o meu clube. Estive sempre a um nível muito alto nos últimos seis anos. Não estou obcecado com os prémios individuais. Decidem as pessoas, os treinadores. Se os conquistar, fico feliz. Se não os conquistar continuo a trabalhar para o meu clube», respondeu.
O capitão da Seleção Nacional comentou ainda a recente declaração de Luciano Moggi, antigo dirigente da Juventus, que garantiu que a equipa italiana chegou a ter um acordo com o Sporting para uma troca Ronaldo-Salas. «Estive perto de todos. Podem dizer o que quiserem, mas aos 18 anos assinei pelo United. Foi bom ser pretendido por grandes clubes nessa altura, mas o que mais me motivou, pela história, pelo treinador, e pelas garantias que me davam para crescer enquanto jogador e pessoa, foi o Manchester», respondeu.
Sem querer explicar o pedido de desculpas após o golo marcado ao Málaga, Cristiano Ronaldo também deixou para depois uma análise ao duelo entre Portugal e Suécia, no «playoff» de apuramento para o Mundial2014.
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