No dia da inauguração do seu museu, para além de não querer especificar qual o troféu mais importante para si, Ronaldo revelou também muito zelo no que à hipotética conquista de mais uma bola de ouro diz respeito, chegando mesmo a pedir à comunicação social presente que não o questionasse mais sobre esse assunto.

Ainda assim, há que recordar que muito recentemente foi premiado com o World Soccer, batendo os seus rivais mais diretos, pelo que isso poderia representar um presságio em torno do que poderá acontecer em relação à gala da Fifa. Algo que o jogador refuta peremptoriamente: «O World Soccer é um bom prémio. Sinto-me feliz porque é mais um prémio individual. Sinto-me orgulhoso pelo que fiz durante a temporada tanto a nível coletivo como a nível individual», começou por explicar, atirando de seguida: «É mais um prémio importante, mas isso não quer dizer que seja um indicador para ganhar a Bola de Ouro. Espero bem que sim mas não vivo obcecado por isso. Não fiz este museu baseado no que vou ganhar no futuro, mas sim naquilo que eu já ganhei, já que isso é uma prova dada, e, aquilo que eu conquistei está aqui e daqui ninguém vai tirar. É algo que quero partilhar com os meus fans.»

Apesar de continuar a afirmar que não está obcecado pelo prémio de melhor jogador do mundo, que seria o segundo da sua carreira, Cristiano Ronaldo não enjeita a conquista de mais troféus. Antes pelo contrário, o jogador revela que houve «o cuidado de fazer aí um espaço extra para mais alguns prémios» que eventualmente possa ganhar, esclarecendo que não menciona nenhum em particular: «Não vou mencionar um só porque desejo ganhar mais prémios. Se a Bola de Ouro vier, tem espaço», disse.

Ronaldo revelou estar grato aos companheiros das equipas por onde tem passado, já que, no seu entender, as conquistas pessoais até ao momento são «fruto de um trabalho colectivo», e, sem esse mesmo trabalho, não é possível existirem individualidades, pelo que apenas pretende e tem motivação para «continuar a jogar bem» ao longo da sua carreira.

Ainda neste âmbito, e num assunto que muita tinta tem feito correr, Ronaldo continuou a evitar dizer se estará ou não presente em Zurique aquando da entrega do mais prestigiante troféu do futebol mundial: «Não pensei nisso. Ainda falta muito tempo. Estamos a analisar, a ver com o meu clube, com as pessoas que estão à minha volta, logo se verá», reiterou.

Estatuto de estrela do futebol exige muitos sacrifícios
Cristiano Ronaldo explicou que para chegar a este patamar é necessário «ser muito forte psicologicamente para ultrapassar muitas batalhas», algo que, acredita, faz parte da sua forma de ser, até porque, jogar futebol, é aquilo que mais gosta de fazer: «A minha motivação, todos os dias, é fazer o meu melhor», começou por dizer, explicando de seguida: «Tento estar sempre ao meu melhor nível. Sem sacrifícios não se ganha nada. Por isso, tive o sacrifício de sair da Madeira com 11 anos e tentar o meu futuro no Sporting. Para mim foi a situação mais difícil, e, a partir daí, as coisas começaram a surgir e sinto-me orgulhoso por isso.»