O golo de Ronaldo é uma espécie de medalha para o F.C. Porto: foi preciso que o melhor do Mundo atingisse o seu ponto alto esta temporada para eliminar o campeão português.
Esse de resto é o mérito portista, esticar a eliminatória até ao último suspiro. Alguém apostaria nisso no dia do sorteio? Duvido.
Mas no final a história guardará o golo de Ronaldo e a passagem do Manchester United. E faz sentido. Quem viu saberá que no conjunto dos dois jogos o melhor foi Rooney. O que faz ainda mais sentido.
Poucas vezes um jogador com tamanho talento e estatuto demonstrou semelhante utilidade sem bola. Ver Rooney a marcar Cissokho teria valido o apelido de «louco» a quem o imaginasse há seis meses. Aconteceu. Por mérito do lateral do F.C. Porto, por espantoso empenho e rigor do inglês, que se entregou à equipa. Notável.
Da ronda europeia sobra ainda o restante êxito inglês, mais um golo que sintetiza o talento do Barcelona, o poder alemão na Taça UEFA e a surpresa de ver a Ucrânia tão forte.
Também por causa da boa temporada dos ucranianos, Portugal sai em 10º lugar e já sabe que começará 2010 na nona posição. Mau? Apenas natural. E previsível.