Ronaldo, o «fenómeno», coloca o Brasil entre os seus favoritos para vencer o Campeonato do Mundo do próximo ano, mas também destaca as potencialidades da Alemanha e da Espanha e receia que a vizinha Argentina possa surpreender tudo e todos.

«O Brasil estão no topo da minha lista de favoritos. Depois vem a Alemanha, seguida pela Espanha e Argentina. A Argentina pode fazer uma surpresa desagradável [risos]. Já pensou o que seria a Argentina vencer aqui no Brasil?, referiu o antigo internacional brasileiro, agora envolvido na organização do Mundial-2014, numa entrevista ao site da FIFA.

O sorteio da fase final é já esta sexta-feira, mas Ronaldo diz que o Brasil não deve temer a sorte. «Começar a competição num dos grupos mais fáceis pode ser bom, mas não considero que o Brasil não tem de estar a rezar para que calhe num grupo fraco ou forte. Já mostraram na Taça das Confederações que têm um grupo forte e que são os grandes favoritos para vencer o Mundial», comentou.

O Brasil estará num pote um segundo os critérios definidos para o sorteio que estão a gerar alguma polémica. «Penso que o ranking [da FIFA] no diz quem está melhor nesta altura. Não basta ser uma das tradicionais potencias para vencer o Campeonato do Mundo. É preciso jogar bom futebol e também ter um pouco de sorte. Algumas das grandes seleções não são cabeças de série porque não estiveram muito bem nos últimos dois anos», acrescentou.

Ronaldo deixou a sua marca bem vincada nas edições do Campeonato do Mundo em que participou, destacando-se ainda na atualidade como o melhor marcador em fases finais, com um total de quinze golos, marca alcançada pelo alemão Miroslav Klose na África do Sul. «Estava com esperança que ele não chegasse lá [risos]. Brincadeiras à parte, os recordes existem para serem batidos. Eu bati o recorde de alguém e algum dia alguém vai bater o meu», destacou.

O antigo internacional brasileiro comentou ainda as recentes manifestações nas principais cidades brasileiras, considerando-as um aspeto positivo e não negativo. «Durante muitos anos não houve protestos, nem as pessoas vinham assim para a rua no Brasil. As recentes manifestações demonstraram que as pessoas têm o poder de mudar o país. É apenas uma questão de quererem», referiu.