Ninguém rematou tanto como ele. Dos 14 remates do Manchester United frente ao Arsenal, em jogo das meias-finais da Liga dos Campeões, seis pertenceram a Cristiano Ronaldo. E quatro acertaram na baliza.
Um desses remates, aos 68 minutos, fez lembrar o momento do Dragão, frente ao F.C. Porto. Ronaldo percebeu o espaço e ainda muito longe da baliza rematou forte. Almunia, melhor em campo, desta vez ficou a ver. O guarda-redes do Arsenal e todos os que assistiam à partida, suspensos. Entraria? Encontrou a barra. Uns centímetros a menos e teria sido a glória.
Mas antes disto o avançado português participou em 42 acções com bola. Nada mau. Muito activo, Ronaldo escolheu o flanco direito para a maior parte dos registos. Passes curtos, arrancadas rápidas, combinações com o lateral, por sinal o autor do únco golo do jogo O¿Shea.
Aos dois minutos um cruzamento. Toque de cabeça. Primeira e única falta sofrida, cometida por Song. Perda de bola. Toque. Remate fraco. O primeiro, aos 11 minutos, só mesmo para a estatística do jogador que mais vezes atira à baliza na Liga dos Campeões.
Toques, passes, perdas de bola. Aos 17 minutos está na origem de uma excelente oportunidade de Tevez. Está sempre por ali, perto da bola. Aos 29 remata de cabeça, depois de mais uma boa jogada. Desaparece até aos 38. Acaba a primeira parte com dois passes certos. Nada muito fantástico, verdadeiro jogo para a equipa.
A segunda parte não foi muito diferente. Ronaldo esteve sempre metido na coisa. Fora-de-jogo aos 63 minutos. Passe muito bom para Giggs, aos 79 minutos. Mais um remate, aos 89.
Fim. Ronaldo sai de campo com o tal estatuto de maior rematador. E a poucos centímetros de fazer mais um golo notável na Liga dos Campeões.
A análise do trabalho de Cristiano Ronaldo no Manchester United-Arsenal foi feita a partir das imagens do jogo transmitidas na Sport TV