Roy Keane veio a público garantir que não é nenhum «animal» depois de ter aceite o cargo de adjunto de Martin O'Neill na seleção da República da Irlanda. O antigo jogador do Manchester United, de 42 anos, ganhou a reputação de ser demasiado compulsivo e incendiário como jogador, mas garante que não precisa de ser domesticado.

«Não há nada para domesticar. Não sou uma espécie de animal, sabem o que quero dizer? Sou um homem do futebol, gosto de trabalhar duro e pressionar as pessoas e, às vezes, talvez tenha cometido um deslize ou outro ao longo dos anos. Mas de uma forma de geral, olho para trás e penso que fiz muita coisa bem», destacou o antigo internacional irlandês.

Roy Keane admite que ainda tem algumas coisas a aprender, como adjunto, mas também está naquele lugar para dar um pouco de si próprio aos mais jovens. «Também vou lá estar para empurrar os jogadores, para ser exigente, como aconteceu ainda hoje no treino. Temos jogadores jovens com muito talento, mas temos de os empurrar e de ser exigentes com eles. Pela experiência que tive, eu gostava de ser pressionado, gostava que me empurrassem», destacou.

Apesar de tudo Keane reconhece que vai ter de moderar o seu feitio. «Obviamente que há uma forma de falar com as pessoas, percebo isso, há uma forma de passares a mensagem. Temos de tratar as pessoas com respeito», acrescentou ainda.