O treinador do Sporting, Ruben Amorim, foi questionado na antevisão à final da Taça da Liga com o Sp. Braga sobre o caso dos dois falsos positivos a Covid-19 de Nuno Mendes e Sporar. O técnico sublinhou que para os leões o que importou era a veracidade dos factos.

O Sporting dissera que o lateral e o avançado testaram positivo e que, por isso, podiam jogar a meia-final com FC Porto. Acabaram por não o fazer, uma vez que o laboratório só agora respondeu à Direção Geral da Saúde.

Nuno Mendes e Sporar estão, assim, livres para defrontar os minhotos.

«Na semana passada, também achei que podia tê-los, portanto, só quando estiverem perfilados posso ter a certeza», disse Amorim, em conferência de imprensa.

O caso levou a uma troca de comunicados com o FC Porto, rival na terça-feira, mas também o Sp. Braga interveio, com uma exposição. Questionado sobre se o clube do Minho já estava a pensar na final, o treinador leonino rejeitou essa ideia.

Ruben Amorim atirou: «Penso que não. O Sp. Braga estaria certamente interessado em defender a verdade desportiva na sua ideia. Agora, os factos comprovam que estávamos certos. Até pelo nosso médico e estrutura, e não estávamos a cometer nenhum ato ilegal, mas a verdade para nós é o mais importante.»

Mais tarde, o líder dos verdes brancos foi questionado sobre se se sentia prejudicado por não ter tido os dois atletas.

«O importante era isto: não queríamos meter jogadores infetados, nem os ponhamos ao pé dos nossos outros jogadores [se estivessem infetados]», respondeu.

«Os factos deram-nos razão. Basta até um membro do staff sair que ficamos mais fracos. Injustiçados foram os jogadores. O importante é verem que o Sporting e o seu médico tinham razão. Para nós, é assunto encerrado», concluiu.

Este caso terá sido ainda a razão pela qual Ruben Amorim não foi à flash interview no final do jogo com o FC Porto. «Temos as nossas razões. Em nome do grupo peço desculpa, mas entendemos que devíamos ter feito aquilo. Há coisas que sentimos, que não queremos falar nelas, mas não podemos deixar passar», disse.