A relação dos jogadores de futebol com a vida nocturna é, quase sempre, um problema. Quando se deixa de jogar, por que não torná-la uma solução? Rubens Júnior, antigo jogador do F.C. Porto, foi por aí. Em 2007 pendurou as chuteiras no Vasco da Gama. Pensou ficar ligado ao futebol, mas optou por outra arte: a música. Hoje é o DJ R Júnior.

«Não posso dizer que é uma paixão nova, porque sempre gostei desta área ainda antes de começar a jogar futebol. Depois como aqui virou moda e como tinha mais tempo, porque deixei de jogar, decidi levar este hobby mais a sério. É como um segundo plano para mim», confessa, em conversa com o Maisfutebol.

«Não fui inteligente para perceber que Mourinho gostava de mim»

Uma vez por semana, Rubens Júnior fura por entre as luzes de néon e sobe ao palco de uma discoteca escolhida por si para animar o povo de Taubaté, a cidade do estado de São Paulo onde mora. Para trás ficou o cheiro da relva. O brasileiro, garante, é hoje um homem diferente.

«Até pensei continuar ligado ao futebol, mas pensei nas responsabilidades que tenho. Há a minha família, as crianças...Tenho um filho de cinco anos que precisa de mim. Não queria um compromisso que me obrigasse a ficar longe de casa», explica.

«Do F.C. Porto só conheço o Hulk»

A nova vida de Rubens Júnior é uma «delícia», garante: «Tenho-me dedicado muito, vamos ver no que dá. No Reveillon foi muito bom. Passei música numa festa cá na praia. Está a correr muito bem esta aventura.»

O futebol, para já, está completamente posto de parte. Perguntámos como tem visto o campeonato português. A resposta foi clara. «Não sigo campeonato nenhum. Do F.C. Porto conheço o Hulk e pouco mais. Ainda não assimilei bem o facto de não estar a jogar e quando vejo futebol dá muitas saudades. Assim vou vendo, de vez em quando, como estão as coisas e nada mais que isso», assevera.

«Jesus dizia-me que eu era um jogador à Porto»

A aposta é mesmo na música. Já lançou um CD, inclusive. «Enquanto for dando, quero seguir, pensando sempre que faço por lazer. Depois pensarei noutras coisas. Gostava de ser empresário. Para passar para outras as experiências boas e más que tive. Mas gostava de ser agente de um clube só. Algo que não me obrigasse a estar muito tempo fora», resume.