Em 2005/06, Rubinho lutava pela baliza do V. Setúbal com Marco Tábuas. Seis anos depois, Gianluigi Buffon passa a ser o seu concorrente direto. Neste caso, na Juventus. Passos seguros, veementes, de um guarda-redes com obra ensaiada em Portugal e consolidada em Itália.
A história atrai, levanta expressões curiosas. Não é normal, longe disso, saltar do Bonfim para a Vecchia Signora, com passagens sempre interessantes por Génova, Palermo, Livorno e Torino.
«O grande mérito dele é ser regular e tranquilo. Não é um guarda-redes exuberante, pelo contrário. O estilo do Rubinho encaixa perfeitamente na Serie A». A opinião é dada por Marco Tábuas, antigo colega de quarto, ao Maisfutebol.
Mercado de transferências: Rubinho na Juventus
O atual técnico dos guardiões da seleção de Cabo Verde e adjunto do Fabril Barreiro lembra-se perfeitamente do antigo companheiro de equipa. «Eu diria que o comportamento do Rubinho na baliza era uma extensão da personalidade dele. Foi dos jogadores mais calmos que conheci».
Rubinho vinha de uma «má época no Corinthians», e escolheu o V. Setúbal para «reabilitar a carreira». «Esteve no Vitória seis meses e fez uma campanha razoável. Brilhou nas meias-finais da Taça de Portugal, quando eliminámos o V. Guimarães nas grandes penalidades».
Em Setúbal, Rubinho tinha três predileções. Passava as concentrações «a ler a bíblia», e os tempos livres «entre os almoços de chocos e os passeios com a família», conta Marco Tábuas.
«Era uma pessoa de muita fé. É essa a imagem mais forte que guardo dele. Mantivemos contato através da internet até há pouco tempo e fico feliz por vê-lo a ter tanto sucesso».
De Marco Tábuas a Gigi Buffon: a carreira de Rubinho na Europa tem sido sempre a subir.
Rubinho, herói nas grandes penalidades: