Despedir-se do futebol profissional pelo Benfica que o viu nascer frente ao Fiorentina que o recebeu na primeira de duas aventuras fora de portas, na final da Taça UEFA, será um sonho difícil de concretizar para Rui Costa, mas que nem por isso deixa de ser perfeito.
«Não havia prenda melhor para mim (mas acho que não é possível apanhá-lo então, só antes) que chegar a uma final da Taça UEFA contra a Fiorentina e ganhá-la. Seria o perfeito último jogo da minha carreira», admitiu o médio encarnado, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, igualmente satisfeito por ter tido oportunidade de esta temporada ter já defrontado o Milan, clube que representou antes de regressar à Luz.
Foi a 18 de Setembro de 2007, que Rui Costa teve oportunidade de pisar o Giuseppe Meazza, em Milão, quase dois anos depois de ter trocado a cidade italiana por Lisboa. «Fiquei muito orgulhoso. São os prémios que vamos ganhando ao longo da vida, que não se vêem na sala de troféus e sim no nosso coração, na nossa cabeça. E aquilo que San Siro me deu naquele dia foi algo de extraordinário. Estamos a falar do campeão da Europa. E a minha passagem por lá ser reconhecida daquela maneira encheu-me de orgulho», lembrou, reportando-se à fase de grupos da Liga dos Campeões.
«O que tenho feito é estar a par da vida do Benfica, inteirar-me das situações todas...»
Ao final perfeito nada melhor que o recomeço ideal, que, certamente, manterá o tom encarnado. «Há já bastante tempo que venho dizendo que esta é a minha última época. Nunca o confirmei a 100 por cento, embora não esconda que nada altera o que tenho vindo a dizer. Também não é novidade que, provavelmente, continuarei a trabalhar no Benfica, situação que não está ainda bem definida porque quero concentrar-me na minha carreira e no final que tenho pela frente. O Benfica tem, ainda, três objectivos e eu quero contribuir para o seu sucesso e terminar a carreira do melhor modo possível», confessou Rui Costa.
Será, por isso, necessário esperar até Maio para conhecer o que o destino reserva ao maestro: «A minha cabeça está, ainda, virada para aquilo que tenho a fazer dentro de campo. Em tempo útil irei definir o meu futuro, assim como o Benfica irá definir onde eu melhor me enquadro neste grupo. É verdade que vivo muito este clube e, portanto, quando falam no acumular de funções, o que tenho feito é estar a par da vida do Benfica, inteirar-me das situações todas... Tomar decisões, tão-pouco.»