Rui Silva destaca a importância da medalha de prata conquistada este sábado nos Mundiais de pista coberta, tendo em conta que foi a sua primeira experiência nos 3000m numa competição global.
«Foi importante estar sempre bem colocado na corrida. Hoje o segundo lugar foi o meu melhor», afirmou o atleta português no final, citado pela agência Lusa. «Tolo seria se dissesse que não ficava satisfeito, ainda por cima na minha primeira experiência nos 3000 m de um Mundial. Se fosse quarto, quinto ou sexto já era regular, mas isto é bom», prossegue, admitindo no entanto que espera «sempre o melhor» e que «o stress era grande» para o dia de hoje.
«O Lagat correu muito bem, teve uma ponta final forte e a medalha ficou muito bem entregue», prosseguiu Rui Silva, num elogio ao vencedor da prova, um velho conhecido do atleta português nas provas de 1500m.

Esta foi a sétima medalha de Rui Silva em grandes competições como sénior. O atleta português comprovou que é um dos melhores do Mundo no meio-fundo curto, numa altura em que está em período de definição sobre o rumo a tomar no futuro.
«A transição de um corredor de 1500 metros para 5000 metros leva alguns anos a preparar, ninguém passa de um momento para o outro», afirma o seu treinador, Bernardo Manuel.
As decisões sobre a época de Rui Silva ao ar livre só serão tomadas durante a semana, depois de o atleta ser sujeito a exames para avaliar a sua situação, numa altura em que tem uma hérnia inguinal. Rui Silva terá que decidir se é operado, o que a acontecer terá de ser feito o mais cedo possível, com vista aos Jogos Olímpicos de Atenas.