A Liga russa está em marcha e a estreia do Shinnik deixou indicações promissoras para o futuro. A equipa, orientada por Sergei Yuran, regressa este ano ao escalão principal e recrutou dois portugueses, Bruno Basto (ex-Nacional) e Ricardo Silva (ex-Boavista). Na primeira jornada, o representante da cidade de Yaroslavl visitou o recuto do poderoso CSKA de Moscovo. Um empate (1-1) para começar.
«Para nós, foi um excelente resultado, mas quem viu o jogo sabe que poderíamos ter vencido, fomos sempre superiores ao CSKA. O Shinnik desceu há dois anos, subiu agora e tem uma equipa com vários jogadores novos, que está a crescer. Para o próprio Yuran, foi a estreia como treinador na primeira divisão», explica Bruno Basto, em conversa com o Maisfutebol.
O lateral esquerdo foi titular, tal como o central Ricardo Silva. Jô colocou o CSKA em vantagem, mas Laizans empatou logo depois. Foi um teste de fogo para a equipa dos jogadores portugueses. O Dínamo de Moscovo, onde resistem Custódio, Danny e Cícero, só entra em campo amanhã. «Foi um belo jogo, num estádio excelente, apesar do relvado ser sintético. Em Moscovo continua a nevar, em Yaroslavl ainda mais, mas dizem-me que em Abril já vai parar», prossegue o esquerdino.
Em Portugal a pensar no Mundial
«Temos um excelente centro de estágio, talvez até superior às instalações dos três grandes de Portugal. Dão-nos todas as condições e as pessoas têm sido muito simpáticas. O frio? Nem sinto tanto, sinceramente, como sentia na Holanda, por exemplo», considera Bruno Basto, feliz por contar com a companhia de Ricardo Silva: «Para mim é mais fácil, porque já joguei fora e falo cinco línguas, mas é bom podermo-nos ajudar um ao outro. O Yuran tem-se revelado um treinador muito profissional, portanto está a ser uma grande experiência.»
Bruno Basto voltou a emigrar, aos 29 anos. França, Holanda e, depois de ano e meio no Nacional da Madeira, fez as malas para experimentar a Rússia. Não sabe o que falhou no Funchal, mas revela ao Maisfutebol que regressara a Portugal a pensar no Mundial de 2006: «Já tinha sido algumas vezes pré-convocado e estava de novo pré-convocado para o Mundial. Então, decidi regressar a Portugal para jogar com regularidade, mas isso não aconteceu em Portugal. Sinceramente, nunca consegui perceber os motivos, mas agora não interessa. Ainda sou novo, ao contrário do que as pessoas pensam, e quero recuperar a alegria de jogar futebol.»