Sá Pinto, treinador do Sporting, comenta o apuramento para os oitavos da Liga Europa, nesta quinta-feira, após vitória sobre o Legia, em declarações na sala de imprensa de Alvalade:

«Fizemos um jogo fantástico, de enorme entrega e vontade de fazer bem as coisas. Queremos começar a jogar o futebol que gostamos o mais rapidamente possível, mas sabemos que nem sempre é possível, principalmente quando jogamos contra um adversário poderoso, que está no segundo lugar do seu campeonato, com jogadores experientes, de elevada estatura e muito competitivos. Pressionaram-nos e só uma equipa com o espírito de união do Sporting, a querer mudar um passado recente, podia vencer o Legia. Os jogadores interpretaram bem o que se lhes pediu e tentaram praticar um bom futebol. Fomos inteligentes e pragmáticos. Era importante para o Sporting passar esta eliminatória.»

[Rodríguez tinha acabado de vir de lesão e voltou a lesionar-se. Como explica essa situação?]

«Essa questão terá de ser colocada ao departamento médico».

Ao minuto setenta o Matías pediu para sair, mas depois o Izmaioov taméms e lesionou. CVomo geriu essa situação?]

« Em relação ao Matias, é de saudar o enorme esforço que fez. Encara o espirito do que é ser jogador do Sporting, com grande coragem e solidariedade para com os colegas. Percebeu que o Marat estava pior do que ele e decidiu que ia ficar até final. Já me tinha feito sinal de que estava cansado, mas estava preocupado com o Marat porque esteve muito tempo ausente e tem vindo a conquistar o seu espaço. Não é fácil fazer a gestão com tantas contrariedades, mas é para isso que um treinador tem de estar preparado. Felizmente correu bem e o Matias ajudou-nos a passar a eliminatória».

[Esperava um Legia tão forte depois de tanto tempo sem jogar?]

«Fez o primeiro jogo depois de uma paragem de dois meses na passada semana. Depois de dois meses a fazer jogos particulares, apresentou-se de uma forma muito boa. Mas já esperávamos porque é uma característica das equipas deles, jogarem assim, com encurtamento de espaços e pressão. Fomos inteligentes, pragmáticos, percebemos o momento e onde queríamos chegar. É muito importante para o Sporting passar esta eliminatória, estão todos de parabéns».

[Como explica a dificuldades em fazer golos?]

«Uma equipa que vem do momento que vem, logicamente que a ansiedade é elevada. Temos também um adversário que não nos permite jogar o que queremos. Queremos ser mais ofensivos, criar mais oportunidades, mas nesta altura temos de ser pragmáticos e vencer jogos. Os resultados é que nos vão devolver essa confiança e essa estabilidade emocional para eles voltarem a praticar o futebol que já praticaram este ano».

[O treinador do Legia disse que o Sá Pinto ia ser o Guardiola do Sporting. É possível?]

«Um abraço ao Skorza, é um campeão, tem dois títulos. É um treinador jovem e competente. Tivemos a oportunidade de estar a conversar sobre futebol. Desejo-lhe a melhor sorte para o futuro, também reconheço nele muita qualidade. Tem uma identidade assumida que não vive às custa de individualidades, mas é um forma de estar. Criou-nos as dificuldades que nos criou».

[Como explica os persistentes problemas físicos no Sporting?]

«Cheguei há sete dias ao Sporting, já avaliei algumas situações, procuro saber junto do departamento médico o momento de cada um, mas isto tem sido uma velocidade enorme. Tento compreender o estado espírito deles. Se percebermos a intensidade do jogo lá e do jogo cá, com o jogo com o P. Ferreira que tivemos pelo meio, juntando a pressão que os jogadores têm tido e a força do adversário, não pode ser dado como exemplo esta avaliação neste momento. Foram situações anormais. Só um grande Sporting é que podia ter ganho a esta equipa».