Artigo originalmente publicado no Maisfutebol a 6 de setembro de 2013. Recuperado no dia da morte de Johan Cruijff, 24 de março de 2016

Johan Cruijff divulgou, em novembro de 2012, qual é o seu onze histórico, integrado no livro «Futebol, a minha filosofia». O antigo jogador e treinador não elegeu nenhum jogador em atividade, limitando a escolha a grandes nomes já retirados. A maior surpresa, de resto, será Piet Keizer.


No onze ideal de Cruijff não cabem, aliás, jogadores mais recentes do que Guardiola: o antigo médio do Barcelona é o mais novo dos onze atletas. Não cabem por exemplo nomes como Romário, Ronaldo Fenómeno ou Zidane. Não cabe sequer Van Basten. O Brasil é o país mais representado.


O onze ideal começa no soviético Lev Yashin: é sem surpresa o guarda-redes. Na defesa Carlos Alberto (histórico do Santos e campeão do mundo pelo Brasil em 1970), Beckembauer (campeão do mundo pela Alemanha em 74) e Ruud Krol (histórico do Ajax e da Laranja Mecânica holandesa).


O meio campo começa em Guardiola, jogador que Cruijff orientou no Barcelona e que se tornou fundamental no Dream Team do treinador holandês. Segue-se o inglês Bobby Charlton (campeão mundial em 1966), o brasileiro Garrincha (campeão mundial em 1958 e 1962) e, claro, o argentino Maradona (campeão mundial em 1986).


A frente de ataque ficava entregue ao hispano-argentino Di Stefano (cinco vezes campeão europeu pelo Real Madrid), ao brasileiro Pelé (três vezes campeão do mundo) e ao holandês Piet Keizer, um ala esquerdo que foi fundamental em três títulos europeus do Ajax entre 1971 e 1973.