Os gastos da SAD do Benfica com pessoal aumentaram 42,6 por cento na época 2018/19.

A administração encarnada aponta várias razões para o crescimento dos valores desta rubrica, que passaram dos 68 milhões para os 97 milhões de euros anuais: retenção de talento, reforço do plantel e o sucesso desportivo.

O apuramento para a Liga dos Campeões e a reconquista do título de campeão nacional fizeram aumentar os prémios distribuídos por objetivos e recorde-se que durante a época 2018/19 foram vários os jogadores que viram os contratos renovados: casos de Pizzi, Rafa, André Almeida, Rúben Dias, Ferro, João Félix (entretanto vendido), entre outros atletas.

Receitas do Benfica acima dos 300 milhões de euros pela primeira vez

Retenção de talento sublinhada por Domingos Soares de Oliveira, que acredita que será para manter. Pelo menos tendencialmente: «Nós tínhamos um primeiro objetivo de há muito anos, que era conseguir fazer com que os capitais próprios ultrapassassem o capital social da SAD. Essa situação foi alcançada e isso dá-nos uma disponibilidade de não alavancagem. O que significa isso? Que eu não precisamos de recorrer a mais endividamento», começou por dizer o administrador do Benfica, Domingos Soares de Oliveira, em jeito de preâmbulo, para anunciar depois o virar de uma página.

«Podemos fazer neste momento uma política agressiva, seja em termos de retenção de talentos, seja no ponto de vista de contratações. Não vamos pôr em causa o equilíbrio das contas, mas podemos ter uma política diferente da que tínhamos até hoje. (...) Haverá situações em que reter valor não será possível, mas não será por vontade própria. Será porque os jogadores entendem que o desafio que lhes é colocado fora daqui é maior, melhor ou diferente. (...) Nem sempre vamos vender pela cláusula: e dou o exemplo de jogadores que consideramos que não sejam estratégicos ou até aceitamos que o jogador possa ir, passe a expressão, à sua vida por não constituir uma vantagem significativa para o Benfica. Mas pelos que queremos reter, o valor da cláusula é aquele pelo qual batalharemos sempre», rematou Soares de Oliveira.