O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, voltou esta segunda-feira a abordar o tema da OPA da SAD encarnada recusada pelo Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, em maio do ano passado.

Na comissão parlamentar de inquérito em que esteve presente esta tarde, Vieira garantiu que a OPA não era para beneficiar o sócio José António Santos.

«O negócio da SAD das ações do Benfica tem a ver com aquilo que eu pensava que ia ser bom para o Benfica. O que estava em cima da mesa era uma OPA do Benfica a si próprio, onde era permitido haver dois preços. Tínhamos proposto comprar a três e a cinco euros. O valor inicial de era de cinco euros, quem comprou depois o Benfica só pagava três euros», começou por dizer.

«Passado uns meses, a CMVM, que nos tinha a nós e por lei é permitido fazer dois preços, disse-nos que não era permitido», prosseguiu.

Depois, Vieira revelou que queria seguir o modelo adotado pelo Bayern Munique: «Defendo que o Benfica, face ao património que tem, tem de ter um modelo idêntico ao do Bayern Munique: ter três grandes investidores, com blocos de dez por cento cada um, em que dominassem a gestão a sério para aquilo ser uma ponte e não voltar para trás mais uma vez. Agora se eu ia ganhar muito ou pouco dinheiro, não tinha interesse naquilo.»