Decorria o jogo entre o Esbjerg e o Viborg da Superliga da Dinamarca, este domingo, quando parte da claque local começou a proferir gritos racistas contra o camaronês Bernard Tchoutang, da equipa visitante. O Esbjerg ganhava por 1-0 desde os três minutos e o jogador africano entrou em campo aos 75 minutos de jogo. A partir de então, Tchoutang passou a ser «brindado» pelos adeptos da equipa que liderava o marcador com gritos semelhantes aos feitos por macacos.
O árbitro Knud Erik Fisker recusou pactuar com tal cenário e interrompeu o encontro, por vários minutos, até ficar garantido que os comportamentos racistas deixavam de fazer parte do jogo. O juiz de campo dirigiu-se ao banco do Esbjerg e exigiu que a claque local parasse com os gritos para que o jogo fosse retomado; o que aconteceu alguns minutos depois, após se ter ouvido no sistema de som do estádio o pedido para que o fosse um «jogo limpo».
O treinador do Esbjerg, Ove Pedersen, no entanto, não se mostrou totalmente satisfeito com o desenlace, no que respeita às palavras do speaker, pois, foi mais longe e afirmou que ele «devia ter dito claramente o que se passava, que eram gritos racistas que não podem ser tolerados». O árbitro Fisker terminou a sua actuação com a denúncia dos factos à federação dinamarquesa.