O Sindicato dos Jogadores (SJPF) acionou o Fundo de Garantia Salarial junto do plantel de futebol do Vilafranquense, onde os jogadores não recebem salários há três meses.

«No último sábado, após reunião com o Sindicato dos Jogadores, o plantel fez um ultimato à administração da SAD para que, no prazo de dez dias, regularize os pagamentos em atraso. Não havendo regularização após esse período, estão em cima da mesa outros meios de reação», pode ler-se no site do Sindicato.

Joaquim Evangelista condenou aqui que diz ser «mais um caso grave no futebol português» e condenou este tipo de dirigismo.

«O direito ao salário está constitucionalmente protegido, mas, infelizmente, continuamos a assistir a um desrespeito sistemático do mesmo no futebol português, em especial no âmbito das competições não profissionais. A administração da Vilafranquense SAD falhou com esta obrigação fundamental e tem vindo a quebrar, reiteradamente, as promessas feitas aos jogadores. Dirigentes como estes não podem ter lugar no futebol. O Fundo de Garantia Salarial apenas minimizou situações verdadeiramente dramáticas, ajudou famílias cuja subsistência está seriamente comprometida», apontou.

«É preciso olhar para os mecanismos de fiscalização e controlo ao longo da época desportiva, e respetivo regime sancionatório, à semelhança do que acontece nas competições profissionais, assegurando que não existe impunidade para as SAD que violam, sistematicamente, os compromissos assumidos», disse ainda Evangelista, que criticou a falta de controlo que tem existido e que, entende, coloca os clubes incumpridores numa posição de privilégios face aos demais.

Apesar dos salários em atraso o Vilafranquense segue no segundo lugar da Série C do Campeonato de Portugal a três pontos da U. Leiria.