Romain Salin é o mais recente reforço da Naval. O ex-guarda-redes do Tours, da II Divisão francesa, foi o jogador escolhido para render Romuald Peiser, entretanto transferido para a Académica. O guardião, de 25 anos, esteve à conversa nesta quarta-feira com o Maisfutebol, que lhe pediu um breve perfil, em jeito de apresentação, para o público português.

«Penso que sou bom a jogar com os pés, sou esquerdino, e bastante explosivo. Costumo jogar adiantado, como um libero. Tenho uma envergadura mediana para um guarda-redes [1,86 m] e procuro reagir às situações, antecipar-me, para não sofrer as consequências. Gosto de conversar muito com os defesas, para transmitir segurança», afirmou o novo «keeper» navalista, que tem como ídolos da juventude Fabien Barthez, justamente «pelo jogo de pés», e Peter Schmeichel.

De Portugal e da Naval em concreto, Salin reconhece pouco saber: «Venho com humildade e vontade de trabalhar. Apesar de ter tido um colega, de origem portuguesa, o Tomas Xavier, que me disse muito bem do país, gosto de conhecer as coisas pelos meus próprios olhos e por isso não procurei saber muito.» Por esse mesmo motivo, admite não ter pedido grandes conselhos a Sopalski, seu antigo concorrente na baliza do Tours, apesar de ter passado precisamente pela Naval. «Teve uma má experiência e eu não quero partir sob qualquer tipo de influência», explica.

Na Figueira no fim-de-semana para assinar

Curiosamente, o novo guarda-redes da Naval já defrontou Peiser, quando este actuava no Gueugnon mas por não se lembrar muito bem do jogo prefere não comentar as qualidades daquele que irá substituir. «Tenho bastante confiança nas minhas qualidades e penso que as pessoas irão conhecer-me e apreciar-me com o passar dos jogos», salienta, desvalorizando o peso da «herança».

Do plantel da Naval, conhece Alex Hauw, com quem falou nos últimos dias, e soube do número de franceses dos quadros figueirenses, quatro, uma boa ajuda em termos de adaptação. «O facto de o treinador (Victor Zvunka) também ser um compatriota é bom mas penso que, tal como eu, ele virá com toda a humildade, porque não conhece a realidade portuguesa. Penso que ambos iremos trabalhar ao máximo para nos integrarmos e conhecermos o mais rapidamente possível o campeonato», sublinhou.

Quanto aos pormenores contratuais, uma viagem dentro em breve à Figueira, servirá para oficializar a transferência: «Estarei ai no próximo fim-de-semana, com a minha esposa, para visitar o clube a cidade. O pré-acordo está feito mas só nessa altura deverei assinar, por duas épocas, com mais uma de opção.»