Figura: Sasso

Quem marca dois golos é logo um óbvio candidato ao prémio do jogo, mas, neste caso, o que distingue Sasso de Gabriel Silva foi a constância ao longo do encontro. O Boavista tem na bola parada uma das principais armas e aí Sasso surge como um dos mais fortes argumentos da equipa de Petit. Trata-se de um argumento capaz de decidir jogos – como hoje se viu. Além disso, o central francês foi um dos esteios do rigor defensivo do Boavista, naquela que uma das chaves da equipa, que continua a ser implacavelmente pragmática.

Momento: o último golo de Gabriel Silva

Num jogo em que escassearam as oportunidades de golo, foi através de um remate do meio da rua que Gabriel Silva (com uma dose de sorte) carimbou o empate final. Foi a forma do atacante brasileiro contornar as dificuldades da sua equipa na definição do último passe. O golo cavalgou os adeptos e a equipa e acabou por evitar a derrota que seria demasiado penalizadora para o Santa Clara.

OUTROS DESTAQUES

Gabriel Silva

Foi o melhor jogador do Santa Clara. Muitas vezes não encontrou espaço para aparecer no encontro, mas, sempre que teve oportunidade, foi o elemento mais desequilibrador. Viu a exibição coroada com dois golos, fruto da sua persistência. Em muitos lances, foi Gabriel Silva contra o mundo, tendo sido o mais ativo nas dinâmicas ofensivas do Santa Clara.

Salvador Agra

Num Boavista que não faz da vertente ofensiva uma imagem de marca, Salvador Agra destacou-se por conseguir explorar a profundidade e por aparecer no espaço entre linhas para criar desequilíbrios. Já não tem a rapidez de outros tempos, mas compensa na inteligência com que lê o jogo. Fez duas assistências.