Um dia depois de o International Board ter dado luz verde para o a aplicação, a partir de janeiro, do protocolo que autoriza substituições adicionais nos jogos de futebol em casos de concussões, a Liga e o Sindicato dos Jogadores (SJPF) informaram que já estão a trabalhar em conjunto no sentido de acertar um plano.

«O caminho passa por adaptar as recomendações internacionais à realidade portuguesa, vindo, eventualmente, a regulamentar um plano de ação em contexto de treino e de jogo, após a identificação da respetiva concussão», lê-se numa nota emitida pelos dois organismos.

«É com este sentido de responsabilidade, e desejo de melhorar a resposta que proteja a saúde dos jogadores, que trabalharemos com a Liga e, consequentemente, com os respetivos departamentos médicos dos clubes, de forma a que a implementação dos princípios e normas de conduta cientificamente recomendados, sejam cada vez ainda mais um assunto a ter em atenção por todos os agentes desportivos», frisou Joaquim Evangelista, líder do SJPF.

Pedro Proença também salientou a importância de zelar pela saúde física mental dos jogadores, lembrando que o futuro dos atletas pós-futebol também tem de ser acautelado. «Além dos evidentes riscos para a sua integridade física, existe o sério perigo de desenvolvimento de demência quando terminam as respetivas carreiras. No sentido de minimizar essas situações, iremos trabalhar em articulação estreita com os departamentos médicos das Sociedades Desportivas. Um trabalho sério de sensibilização para que integrem nos seus protocolos de trabalho medidas tendentes a salvaguardar a integridade dos atletas», afirmou o presidente da Liga, vincando a «necesidade de agir o quanto antes».