Ali «nasceram» Javier Saviola, Pablo Zabaleta ou Valentín Viola. Ali, é o Parque Chas, local onde o avançado do Málaga deu os primeiros pontapés na bola, tal como o defesa do City ou o avançado do Sporting. O clube esteve à beira de desaparecer, mas foi salvo por um gesto de Saviola.

«Se não fosse ele, o clube tinha desaparecido, ele salvou o tesouro da sua infância, o seu clube de bairro, digam-me um jogador profissional que tenha feito o mesmo», interrogou Gabirel Rodriguez à reportagem do La Nacion, na Argentina.

Rodriguez é responsável por descobrir alguns talentos do futebol argentino. Não só o caso do Conejo que passou pelo Benfica, mas também de Andrés DAlessandro, o ex-leão Romagnoli, entre outros.

Foi este homem que contou a Saviola os problemas pelos quais o Parque Chas passava. O campo estava inundado constantemente, os balneários não tinham condições, havia infiltrações no teto que quase cedeu. Por isso, diz Rodriguez, Saviola perguntou: «Que é preciso para salvar o clube?»

Hoje, o pavilhão do Parque Chas chama-se Javier Pedro Saviola e tem até uma bancada com o nome Roberto Cacho Saviola, o falecido pai de Javier, claro, amigo de Ernesto Rodriguez, progenitor de Gabriel. «Cacho Saviola e o meu pai queriam que o Parque Chas desse a possibilidades às crianças de concretizarem o sonho de jogarem futebol profissional, que o clube fosse um sítio onde começassem a realizar esse sonho», contou Gabriel Rodriguez.

No mesmo ano em que chegou ao Benfica, 2009, Saviola fez uma doação ao Parque Chas. Fez-se um projeto e em 2011 houve a reinauguração. Os miúdos começaram a sair do clube para emblemas como Argentino Juniors, Huracán. Agora, o presidente do Parque Chas diz que ainda há um sonho por cumprir.

«A ideia é que Javier Saviola acabe por ser presidente da «Asociación de Fomento Parque Chas». Esse é o final feliz que todos aqueles que gostam do clube esperam no futuro», concluiu Roberto Colonna.