Luiz Felipe Scolari explicou os motivos por que optou por ir treinar um clube no Uzbequistão. O ex-seleccionador nacional revela que não podia treinar em Inglaterra durante um ano e admite que teve outras hipóteses, mas receou que as coisas corressem mal, tal como aconteceu no Chelsea.
«Recebi uma proposta de um clube inglês, só que cláusulas contratuais do acordo feito com o Chelsea impedem-me de trabalhar em Inglaterra por um ano. Tive ofertas de outros clubes e selecções e analisei bem. Achei que iam levar-me à mesma situação que vivi no Chelsea e poderia ter novas dificuldades. Por isso, escolhi este projecto novo, que me agradou bastante», contou Scolari, citado pela Globo, durante uma viagem ao Brasil onde foi homenageado pelo Palmeiras.
O treinador também destaca o papel de Rivaldo, que já estava no Bunyodkor. «Primeiro resolvi aceitar um convite do Rivaldo, um cara espectacular e que, para mim, foi o cara mais importante da Copa de 2002. A outra coisa é a estrutura que envolve o projecto. Eles querem montar uma selecção que possa lutar por uma vaga no Mundial. Estão a construir um estádio, estão a construir sete campos de treino de óptima qualidade. Tudo isso pesou na decisão», garante «Felipão».
Quanto ao futuro, Scolari admite-se cansado, aos 60 anos, e abre a porta ao regresso ao Brasil quando terminar o contrato de 18 meses com o Bunyodkor: «Estou cansado de ficar longe, tenho de vontade de ir à praia, dirigir uma equipa aqui no Brasil. Ficarei mais três, quatro anos a trabalhar como técnico e depois vou me aposentar definitivamente.»