O administrador da SAD do Benfica, Rui Costa, explicou esta quarta-feira que o trabalho de prospeção e seleção de jogadores para o clube passa por «facilitar o trabalho ao treinador», tirando-lhe a necessidade de focar-se na triagem daqueles, para apenas treinar a sua equipa. Entre isso, o ex-internacional português brincou com Júlio César, ex-guarda-redes dos encarnados também presente no evento.

«No Benfica, esta equipa interna está dividida em várias áreas, Brasil, Argentina, por aí fora. Num clube grande chegam por dia centenas de jogadores de vários empresários, como oferta ou indicação para o clube. O nosso trabalho, além de escolher, é facilitar o trabalho ao treinador», começou por dizer Rui Costa, no último painel do World Scouting Congress, na cidade do Porto, no final desta tarde.

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«Temos de deixar tempo ao treinador para preparar o jogo a seguir. Há toda uma triagem para chegar à parte do treinador. Damos-lhe dois ou três jogadores para uma posição que precisa. Esse núcleo pode passar pelo treinador em várias equipas, pelo presidente noutras, pelo diretor desportivo noutras, por este triângulo. Cada clube tem o seu sistema, nós temos um sistema para que quando a aquisição é feita, estejamos conscientes de que era aquela pedra que precisávamos. Foi assim que vieste para o Benfica (risos)», atirou Rui Costa, para Júlio César, que o tinha questionado sobre esse tipo de trabalho feito no Seixal.

«Não acompanhamos só futebol profissional, mas também jovem, essas gerações são acompanhadas desde cedo. É mais fácil olhar para o mercado argentino do que para o inglês. Tenho de preocupar-me mais com mercados que sejam oportunidades para o nosso mercado em termos financeiros do que mercados onde já não possa chegar», notou, ainda, Rui Costa.