Ao fim de 12 jogos com nove vitórias, dois empates e uma derrota, Fernando Santos colocou a Grécia no Mundial 2014. Ao 26º jogo oficial pela equipa nacional helénica, o treinador português confirmou a história anunciada conseguindo que a Grécia esteja pela quarta vez consecutiva numa grande competição de seleções (entre Mundiais e Europeus).

O próprio Fernando Santos já tinha começado esta história quando – também pela primeira vez para os gregos – atingiu a terceira etapa com a presença no Euro 2012 – sucedendo ao Mundial 2010 e ao Euro 2008 atingidos sob o comando de Otto Rehhagel.

O alemão e o português são responsáveis por cinco das sete fases finais de um Campeonato do Mundo ou da Europa onde a Grécia marcou presença – a terceira vez de Rehhagel (que foi a primeira cronologicamente) está no Euro 2004 em que os gregos conquistaram o título europeu.

Fernando Santos tem, porém, menos de metade dos jogos do seu antecessor. O técnico português fez pela Grécia 26 partidas oficiais e, nessas, ganhou 17 vezes empatou seis e perdeu apenas três. Nos seus 58 jogos oficiais, Rehhagel tem 33 vitórias, mas distribui os outros resultados por nove empates e 17 derrotas.

O desempenho da Grécia de Fernando Santos neste play-off europeu foi, inclusive, um bom exemplo do percurso desta seleção pouco habituada a perder. Os gregos ganharam em casa de forma confortável na primeira mão (3-1) e selaram o apuramento para o Mundial com um empate na Roménia (1-1) nesta terça-feira.



A seleção grega não perde um jogo oficial desde março deste ano quando foi batida na Bósnia (3-1) registando a única derrota nesta fase de qualificação em que foi o melhor dos segundos classificados (com 25 pontos – Portugal conseguiu 21) – perdendo o apuramento direto para os balcânicos apenas pela diferença de golos.

As outras duas derrotas da Grécia de Fernando Santos aconteceram na fase final do Euro 2012 – também depois de um apuramento conseguido sem perder – tendo sido uma delas na fase de grupos (1-2 para a Rep. Checa) e a outra ditando a eliminação nos quartos de final (após 2-4 com a Alemanha).

Para esta fase de qualificação, Fernando Santos utilizou 24 jogadores: Karnezis, Kapino, Sifakis, Tzavellas, Manolas, Siovas, Vyntra, Torosidis, Sokratis, Holebas, Katsouranis, Maniatis, Tziolis, Samaris, Kone, Karagounis, Ninis, Fortounis, Tachtsidis, Samaras, Mitroglou, Salpingidis, Christodoulopoulos e Gekas.

Entre o mais novo – Kapino, com 19 anos – e o mais velho – Karagounis, com 36 – a média de idade da Grécia que se apurou para o Mundial 2014 é de 27 anos e meio. Com uma estrela a brilhar mais do que os restantes. Konstantinos Mitroglou nem sempre foi titular, nem sempre marcou neste apuramento. Mas acabou por ser decisivo frente à Roménia.

O avançado de 25 anos – como um total de oito golos em 28 internacionalizações – realizou sete jogos neste apuramento e marcou quatro golos; três foram neste play-off ilustrando um protagonismo que foi ganhando desde o início desta época, em que, em 22 jogos já marcou 23 golos. Mitroglou e Fernando Santos são agora as principais caras desta Grécia que estará no Brasil.