FIGURA: Coates

Que jogo do uruguaio. Se as defesas ganham jogos, a exibição do central do Sporting é disso exemplo na noite de Leiria, que valeu a terceira Taça da Liga do currículo aos leões. Cortou todos os lances que podia ter cortado de cabeça, deu segurança ao anular algumas bolas nas costas da defensiva leonina e orientou sempre bem a retaguarda, com Feddal e Gonçalo Inácio a seu lado. Imperial o capitão, para o seu quarto título no clube, a terceira Taça da Liga. Foi o melhor em campo.

MOMENTO: Porro para o título (41m)

É perfeitamente suscetível de debate o lance que origina o livre, entre João Palhinha e Al Musrati. Mas o Sporting foi depois alheio a isso, tirando aproveitamento da reposição. Num livre ainda em zona defensiva, Gonçalo Inácio bateu longo de pé esquerdo para a entrada da área contrária, onde Porro apareceu nas costas de Galeno, deixando também Sequeira para trás antes de um remate cruzado e forte para bater Matheus: 1-0 no marcador, golo único e decisivo para o troféu a verde e branco.

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OUTROS DESTAQUES

Pedro Porro: é o homem que define o marcador e a vitória do Sporting na Taça da Liga. Remate pleno de intenção para o 1-0 aos 41 minutos, com o pé direito, para o seu terceiro golo de leão ao peito. Um dos mais especiais, por certo, da época e da ainda curta carreira.

Gonçalo Inácio: grande assistência para Pedro Porro no 1-0, com a reposição num livre batido de forma longa para a entrada do espanhol na área contrária. Foi de novo titular depois da meia-final ante o FC Porto e assumiu, da juventude dos seus 19 anos, um jogo que definia um título, com responsabilidade sublinhada sobretudo na última meia-hora, nomeadamente em duelos com Galeno ou Paulinho.

Pedro Gonçalves: esteve melhor a nível individual do que no jogo com o FC Porto, mas à semelhança do que fez na meia-final, voltou a ser um dos homens com mais olho pela baliza contrária. Assinou dois remates que obrigaram Matheus a duas das suas intervenções mais complicadas, uma após ação individual já em cima do intervalo e outra num remate cruzado potente, aos 66 minutos. Acabou expulso perto do apito final, com ânimos quentes de parte a parte.

Adán: apareceu quando tinha de aparecer em favor do Sporting, para responder à defesa da vantagem. O Sporting de Braga fez tudo para chegar pelo menos ao empate, acentuando a pressão a partir da entrada de Iuri Medeiros aos 62 minutos. E foi ao extremo que o espanhol teve de negar mais os intentos, com dois remates enquadrados. Na compensação, assinou duas intervenções decisivas, uma a agarrar um cruzamento perigoso de João Novais para Paulinho e outra no penúltimo lance, num livre de João Novais que quase dava o empate.