Diversos agentes do futebol estiveram reunidos nesta terça-feira na sede do Sindicato dos Jogadores, em Lisboa, num debate em que estiveram em cima da mesa os motivos que estão na origem da violência no futebol.

Ao presidente do Sindicato, Joaquim Evangelista, juntaram-se Pedro Proença (presidente da Liga), Luciano Gonçalves (pres. APAF) e José Pereira, líder máximo da Associação de Treinadores

«Quanto a mim, este exacerbar e aumento da linguagem e da violência no futebol prende-se com um fator essencial e que tem a ver com uma tendência muito latina de enfatizar os aspetos negativos, bem mais do que os positivos», afirmou Proença, antigo árbitro internacional e com centenas de jogos dirigidos ao longo da carreira.

O presidente da Liga considerou ainda que o aumento do ruído mediático em torno do futebol têm também contribuído para o incremento de polémicas nos últimos anos.

Evangelista considerou que a alteração dos regulamento, através de sanções pecuniárias e disciplinares mais gravosas, tem sido insuficiente para erradicar o fenómeno. «Esta questão também tem muito a ver com a grande mediatização existente no futebol português, com as primeiras páginas dos jornais, o impacto gerado pelas programas televisivos, alguns dos quais apenas se limitam a fomentar polémicas devido às audiências televisivas», constatou o presidente do Sindicato.