O dia da divulgação da convocatória para uma fase final de um Europeu ou de Mundial traz sempre surpresas, desilusões e muitas expectativas. Entre as que saem goradas, encontramos casos de jogadores que perderam uma competição, mas agarraram a oportunidade noutra. E há pior: 27 internacionais portugueses foram convocados apenas uma vez e nunca chegaram a sair do banco.

Inglaterra, 1966, o Mundial de Eusébio e companhia e a estreia de Portugal entre os grandes. Sete jogadores celebraram a inclusão no grupo, mas não participaram: Américo, Fernando Peres, Figueiredo, Lourenço, Fernando Cruz, Custódio Pinto e Manuel Duarte.

França, 1984, o Europeu da malapata francesa. Quatro jogadores não participaram, apesar de convocados: Jorge Martins, António Bastos Lopes, Eduardo Luís e Vermelhinho.

México, 1986, e Maradona ali tão perto. Cinco nem calçaram as botas: Jorge Martins, Morato, Sobrinho, Ribeiro e Bandeirinha.

Inglaterra de novo, 1996, o início da geração de ouro. Quatro jogadores viajaram, mas não pisaram os relvados: Rui Correia, Alfredo, Paulo Madeira e Vítor Paneira. Este último contou ao Maisfutebol que acredita que, se tivesse ficado no Benfica, «teria tido outro peso» nesta seleção, mesmo com Figo «em grande forma».

Bélgica e Holanda, 2000, e a esperança moribunda na mão de Abel Xavier. A rápida qualificação permitiu que até os guarda-redes suplentes tenham jogado: Quim, que em 2004, 2006 e 2008 esteve sempre no banco, jogou um minuto com a Alemanha.

Coreia e Japão, 2002, confusões com doping e um balneário dividido. Vários não jogaram, mas só um não o pôde fazer mais tarde: Nélson.

Portugal, 2004, o nosso Euro. Dos convocados, só Moreira nunca jogou, nem nesta, nem em mais nenhuma fase final de uma competição de seleções.

Alemanha, 2006, e sempre a França. Paulo Santos, chamado à última da hora para substituir o lesionado Bruno Vale, não teve uma oportunidade. Ao Maisfutebol, confessou que viajou já sem qualquer esperança de jogar.

Áustria e Suíça, 2008, soube tão a pouco. Rui Patrício ficou pelo banco, mas terá agora outra oportunidade como guarda-redes principal.

África do Sul, 2010, o azar do sorteio. Beto e Rolando não jogaram, mas poderão vingar-se na Polónia e na Ucrânia. Já Daniel Fernandes não poderá dizer o mesmo.

Polónia e Ucrânia, 2012, dos 23 convocados por Paulo Bento, quem poderá ficar sem jogar?