Selecionador nacional, Fernando Santos guiou Portugal à conquista do Euro 2016, e lidera agora a comitiva das quinas que vai tentar revalidar o título europeu este verão.

Em entrevista à TVI, o treinador de 66 anos rejeita comparações entre as duas gerações – a de 2016 e a atual – e defende que o valor de ambas é muito semelhante.

«Entre 2016 e 2021, não acho que haja grande diferença. Portugal tinha jogadores enormes, com uma grande juventude. Guerreiro, João Mário, André Gomes, Renato, Rafa, tínhamos uma série de jogadores que tinham ido à final do Euro sub-21. Tínhamos uma série de gente jovem... William. E depois com outros jogadores enormes como Quaresma, Nani, Ricardo Carvalho, Bruno Alves. Falamos de hoje como se o passado não existisse. Não», afirmou.

O selecionador continuou a reflexão e deu até o exemplo dos habituais artigos sobre o valor dos jogadores: «Em 2004 também já tínhamos tido uma grande equipa, como em outros anos. Em 2019 voltámos a ter uma grande equipa, Portugal tem tido grandes jogadores. Tem sido feito um grande trabalho nos últimos 20 anos.»

«Vejo sempre referenciado o valor numérico da equipa. No outro dia vi que Portugal olha 800 e tal milhões. Por curiosidade, fui ver o valor que atribuem aos jogadores. E o jogador que vale menos até é o Pepe, que foi dos jogadores mais importantes em 2016 e vai ser agora seguramente, espero eu. Percebo estas análises, mas no futebol não funcionam. Tinha uma grande equipa em 2018 e não fizemos um grande Mundial. Porque depois depende do momento, das circunstâncias que ninguém domina», argumentou.