De visita ao centro de estágio da federação francesa de râguebi, que será o «quartel-general» da seleção portuguesa de futebol no Euro2016, Fernando Santos manifestou o desejo de fazer «check out» apenas no dia seguinte à final da prova.
 
«Queremos jogar a final em Paris. Temos reserva até aí. Só me quero ir embora dia 11», disse o selecionador nacional.
 
Fernando Santos elogiou as condições do centro de estágio de Marcoussis, nos arredores de Paris, que vai acolher a equipa das quinas a partir de 9 de junho. «Não se pode dizer que seja o luxo dos luxos, mas também não é isso que pretendemos. Não estamos aqui para passar férias. Para isso tínhamos escolhido uma ilha paradísiaca», explicou.

O selecionador frisou que «o centro de estágio não ganha jogos mas tem influência», elogiando a capacidade de antecipação da Federação Portuguesa de Futebol.

«Ganhámos a maioria das seleções, pois antecipámos muito. Faz um ano que estive aqui pela primeira vez. Antes de sabermos se ia estar naquele lote de locais disponíveis, reservámos logo», começou por dizer.  «Procurámos escolher cedo. Sabíamos que em princípio teria excelentes condições, pois aqui trabalham todas as seleções de râguebi de França, um desporto que aqui concorre com o futebol. Na primeira visita verificámos que assim era. Há sempre alguns detalhes importantes ara afinar, para uma equipa que vem ao Euro para procurar o êxito», reforçou.

O técnico destacou o espaço aberto que vai estar à disposição dos jogadores, que permite que não estejam sempre fechados no hotel, sem sair de uma zona reservada. «A privacidade é importante, ainda mais quando tens o melhor jogador do mundo. Peço muito o apoio dos emigrantes, queremos que estejam connosco, mas obviamente que também é importante algum retiro, alguma serenidade. Não queremos privar ninguém da Seleção, mas toda a gente deve compreender que há momentos em que precisamos de privacidade», explicou.

Para além de Fernando Santos e respetiva equipa técnica, a comitiva da Federação Portuguesa de Futebol em França inclui ainda os diretores Tiago Craveiro, João Pinto e Carlos Godinho.
 
A viagem não contemplou apenas a visita ao «quartel-general», mas também aos três estádios que vão receber os jogos da seleção portuguesa, assim como os hotéis onde a equipa vai ficar instalada nessas ocasiões, com várias reuniões de trabalho pelo meio.