Fernando Santos vai cumprir, frente à Sérvia, o primeiro de dois jogos de castigo. O selecionador nacional não estará, por isso, sentado no banco de suplentes, e até admite não marcar presença no Estádio da Luz.
 
«Ainda não decidi onde vou ver o jogo. Pode ser no hotel ou no estádio. Logo à noite vou dormir sobre o assunto, pensar no que funcionará melhor, até para os jogadores», afirmou o técnico, lembrando que não pode entrar em contacto com Ilídio Vale durante o jogo, pois está «impossibilitado de o fazer».
 
O castigo da FIFA (reduzido pelo TAS de oito para dois jogos) não alterou a preparação do jogo, mas neste domingo a rotina vai sofrer uma alteração profunda. «Vai ser estranho. Até aqui não sentid nada estranho, mas quando ficar no hotel, ou se vier para o estádio e não seguir para a cabine, vai ser estranho. Quando deixar de estar com os jogadores vai ser um pouco estranho», admitiu.
 
Ilídio Vale vai comandar a equipa no banco de suplentes (tal como estava previsto desde que Fernando Santos foi escolhido para substituir Paulo Bento), e mereceu elogios do selecionador principal: «Confio em absoluto no que vai fazer, nas decisões que vai tomar. Vai ser tudo da minha responsabilidade, mas ele tem autonomia total.»
 
Questionado se os jogadores mais experientes teriam, na sua ausência, de assumir mais um papel de liderança em campo, Fernando Santos respondeu que «os líderes em campo são sempre os jogadores». «Os treinadores dão pistas em relação ao que se quer, nos vários momentos do jogo. Os jogadores com mais experiência acabam sempre por assumir uma responsabilidade maior, mas nem é por não estar lá o treinador. Não há aqui uma passagem de responsabilidade para os jogadores», defendeu.