Dezasseis anos depois, a Seleção Nacional volta a jogar na Madeira. O jogo é particular, com a Suécia, mas Fernando Santos fez questão de lembrar a importância do mesmo para o povo da "Pérola do Atlântico".

«Vai ser uma grande alegria para o povo da Madeira. Há uma expectativa muito grande, como sabem o estádio está super esgotado, e interessa-nos fazer um bom jogo, para que essas pessoas sintam o orgulho de ver a sua seleção. É nisso que estamos focados», afirmou o selecionador, que passou a tarde de domingo a analisar a Suécia, equipa a quem deixou elogios, mesmo que já não conte com Zlatan Ibrahimovic.

«As equipas não são feitas de um jogador, são feitas do coletivo. A Suécia mostra aquilo que sempre mostrou. É uma equipa taticamente muito forte. As equipas nórdicas são sempre taticamente muito evoluídas. Os jogadores não têm aquilo a que chamamos habilidade, mas são muito evoluídos ao nível do passe e da receção. É uma equipa muito bem organizada, que joga normalmente em 4x4x2 clássico, que sabe todos os momentos do jogo, e servida por jogadores com uma capacidade técnica muito forte, ao nível do primeiro e segundo passe. Espero uma equipa compacta, com jogadores rápidos na frente, que procuram explorar as costas da defesa. É uma equipa que sabe jogar, com elementos de grandíssima qualidade», analisou.

Relativamente ao onze luso, Fernando Santos assumiu como «natural» que alguns dos jogadores que ficaram de fora frente à Hungria tenham agora uma oportunidade. «Jogamos três dias depois. É um jogo importante, eu sempre disse que não ha jogos particulares, estamos ao serviço do país, mas alguns jogadores que não jogaram vão ter a sua oportunidade», adiantou.

Fernando Santos foi também questionado sobre a polémica em torno da claque que junta adeptos do FC Porto e do Sporting, e da troca de insultos com adeptos do Benfica, antes do Portugal-Hungria.

«Durante o jogo não ouvi nada. Tivemos o estádio cheio, a apoiar a Seleção, e nos últimos três anos os estádios têm estado quase sempre cheios nos nossos jogos, com um apoio muito forte. Isso é que é muito importante. O resto não comento», respondeu.

O selecionador foi ainda confrontado com a notícia do jornal "A Bola" que levantava a possibilidade de o Benfica deixar de ceder o Estádio da Luz à equipa das quinas, algo entretanto refutado pelo clube.

«Há cenários em que é difícil pensar. Vamos esperar com muita serenidade. Todas estas coisas têm o seu momento. Estamos centrados e coesos, como sempre estivemos nesta casa. Temos de manter a coesão, pois é isso que nos vai levar à fase final do Mundial», limitou-se a dizer o técnico.