Fernando Santos nunca optou por isso, mas pode estar para breve uma Seleção Nacional a jogar com três defesas-centrais.

Apresentado esta segunda-feira como novo selecionador nacional, Roberto Martínez tem histórico a jogar com esse sistema e, em conferência de imprensa, deixou essa possibilidade em aberto.

«O que é importante é ser uma seleção muito competitiva. Quando olho para o meu percurso na Bélgica, tivemos 28 jogos invictos. É uma forma de criar competitividade numa equipa. Depois nos grandes torneios há outros aspetos que decide», começou por dizer.

«Portugal tem de ter a ilusão de competitiva para tudo, e para isso há que ser uma equipa moderna, ter flexibilidade tática. Jogar a três ou a quatro defesas depende dos jogadores que temos. Flexibilidade é muito importante, temos de saber lidar com as grandes transições do futebol moderno, saber o que fazer com e sem bola, controlar jogos. Há muita flexibilidade tática que dependerá dos jogadores que tenhamos», acrescentou.

Nesse sentido, de resto, Roberto Martínez elogiou a adaptabilidade dos jogadores portugueses: «O que vejo é que tenho uma grande emoção com o jogador português, adapta-se muito bem a campeonatos estrangeiros e é com isso que vou tentar trabalhar. A mim ilusiona-me muito que o jogador português nos possa dar uma forma de jogar que seja ganhadora.»

«Não creio em sistemas, acredito no ser humano que joga futebol. Há que encontrar talento e encontrar uma estrutura que ajude o talento a ganhar jogos. Nunca forçar um talento que se adapte ao sistema», concluiu, mais à frente.