Em entrevista à TVI, Fernando Santos afirmou que houve alguns jogadores da Seleção Nacional que sentiram o peso da pressão no Mundial 2018, prova na qual Portugal foi eliminado nos oitavos de final, frente ao Uruguai.

O técnico de 66 anos argumentou que alguns atletas que não haviam estado no Euro 2016 sentiram o peso dessa conquista e assumiram que não ganhar o Mundial poderia ser um eventual falhanço.

Primeiro, Fernando Santos até se referiu à conquista «fundamental» da Liga das Nações em 2019: «Convicção mais forte agora? Já fomos campeões, antes não tínhamos sido, nem nos tínhamos afirmado como candidatos. Acho que todos os meus colegas pensavam nisso, acreditavam como eu, e estiveram perto. A grande diferença entre 2016 e 2021 é que antes nunca tínhamos sido campeões da Europa.  E isso ajuda, porque há algum hábito de ganhar. Mas 2019 é que acho que foi fundamental, foi a consolidação do ganhar, não foi um acaso. Isto é trabalho e qualidade.»

«Hoje os jogadores não partem com a expectativa de alcançarem uma coisa que antes não aconteceu. Mas há nuances que nós nunca vamos perceber bem. Aconteceu por exemplo no Mundial 2018: Portugal tinha ganho, muitos dos jogadores tinham estado nessa final, estavam preparados, mas outros, que não estiveram em 2016, sentiram o peso em demasia. Não demonstram isso no treino, nem na convicção, mas depois percebe-se», continuou.

«Comigo, a única obrigação que têm é entrarem sempre para ganhar. Mas em 2018, na fase de grupos e no jogo com o Uruguai, houve jogadores que pensaram que era um falhanço se não conseguissem ganhar. Espero que isso esteja ultrapassado, há aqui muitos jogadores que ainda não ganharam. Mas há outros que não ganharam em 2018, mas depois ganharam em 2019, por isso é que eu digo que foi muito importante a Liga das Nações: Rúben Dias, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Gonçalo Guedes...», defendeu.