Como é que Paulo Bento vai gerir a limitação dos 23 elementos para a convocatória para o Mundial?

Dará prioridade a um critério de dois jogadores por posição ou adotará outra distribuição?

Como seria de esperar, o selecionador nacional não revelou detalhes sobre como será a convocatória para o Mundial, mas recordou: «No Euro-2012, chamei sete defesas, seis médios e seis avançados, acho que foi isto. A questão não é clara, porque por vezes é preferível chamar um jogador que possa fazer mais que uma posição, o que abre outras hipóteses de escolha».

Fernando Santos também não terá gestão fácil dos tempos de integração dos seus jogadores: «O campeonato na Grécia acaba a 13 de abril. Os seis jogadores do Olympiakos que tenho na seleção vão estar muito tempo sem competição. Depois há um grupo que terá seis jogos em três semanas. Portanto, vou começar a preparar a equipa com grupos de jogadores em fases completamente diferentes».

O técnico português que orienta a seleção grega até fez confissão curiosa sobre isto de encarar a utilização de jogadores nas seleções: «Quando peguei na seleção grega, também pensava para mim que os que não estão a jogar não seriam convocados. Depois vi que isso não era possível e agora chamo os que acho que devo chamar».

O calendário competitivo internacional a entrar em vigor na próxima época, com jogos às quintas das seleções, é visto de forma negativa pelos selecionadores de Portugal e Grécia.

Paulo Bento explica: «Será mau para as seleções e para os clubes. Acima de tudo, será mau para os jogadores, que terão menos tempo de recuperação. Nos jogos de qualificação das seleções, geralmente na semana anterior há provas europeias. E com jogos da Liga Europa à quinta, os jogos do campeonato são ao domingo. Isto quer dizer que os jogadores, na segunda e na terça, estão a recuperar. Daí que, nas seleções, só teremos a quarta para trabalhar. É escasso».