Sem merecer a confiança de Fernando Santos desde 2017, Gonçalo Paciência sublinhou que a presença na seleção portuguesa é uma «recompensa» pelo trabalho desenvolvido no Eintracht Frankfurt.

«É uma satisfação enorme. Estou muito feliz, a seleção é o expoente máximo da carreira de um jogador. É uma prova de que o trabalho é recompensado. Quanto ao jogo, a resposta é fácil: é ganhar. Vamos encarar este e o próximo jogo dessa forma», disse, em conferência de imprensa.

O avançado de 25 anos leva nove golos em 23 encontros no emblema germânico. Apesar do bom desempenho, Gonçalo Paciência recusou revelar se já esperava ser chamado mais cedo.

«Chamado há mais tempo? Não. O meu foco é o trabalho. É fruto do que se faz no clube, por isso, é algo que vai acontecer naturalmente. Se não jogar, se não fizer golos, não venho. Uma das razões pelas quais estou aqui é o facto de estar a fazer golos e a jogar bem», afirmou, sublinhando a importância de ter saído de Portugal.

«De há dois anos para cá, melhorei bastante o meu jogo. Prova disso é o que tenho feito no Eintracht. Estou mais maduro como jogador e pessoa. Fez-me bem ter ido para fora, ajudou-me crescer», declarou.

Gonçalo revelou ainda a ambiçáo de mostrar serviço de forma a poder estar no Europeu do próximo verão, caso Portugal se apure.

«A partir do momento em que se está neste lote, temos todos o objetivo de voltar. Eu sou ambicioso, fui criado assim e isso está no meu horizonte», confirmou.

Quando à possibilidade de fazer dupla atacante com André Silva, companheiro nos alemães do Eintracht Frankfurt, Gonçalo deixa a possibilidade nas mãos de Fernando Santos.

«Isso são escolhas do treinador, não me compete a mim decidir quem joga. Se estamos aqui, podemos jogar, sabendo que 11 jogam de início e, em princípio, há mais três que entram.»

[artigo atualizado]