Fernando Santos considera que a chave do triunfo português esteve na forma como a equipa conseguiu controlar o jogo e o adversário, usando e abusando da velocidade dos homens mais adiantados para ferir o oponente num dos momentos em que é mais frágil.

«Não foi só uma questão de experiência. Esperava uma equipa compacta e dinâmica, capaz de dominar os ritmos de jogo. Na primeira parte pareceu-me que podíamos ter acelerado mais, principalmente nas transições. Sabíamos que a Sérvia tinha algumas dificuldades e em algumas situações parámos quando podíamos ter causado mais perigo», considerou, debruçando-se, depois, sobre a aposta nas bolas paradas que rendeu um golo nos minutos iniciais do encontro. 

«Sabíamos que as bolas paradas eram um dos momentos mais fortes da Sérvia. Trabalhámos esse aspeto com atenção e explicámos o que os jogadores adversários faziam nessas situações. Parecia-me que a Sérvia, jogando zona, colocava uma cortina forte no primeiro poste e tínhamos de tirar a bola desse local. Desta vez correu bem», sublinhou, considerando que os três pontos conquistados resultam da maturidade e, sobretudo, do trabalho desenvolvido ao longo dos 90 minutos.

«Portugal deu hoje uma prova de maturidade e trabalhou muito. Os jogadores trabalharam muito e quem quer chegar a esta equipa tem de trabalhar. Não é a idade nem o bilhete de identidade que contam. É preciso trabalhar muito e ter confiança e qualidade como hoje ficou demonstrado», rematou.