Portugal defronta a Zambia, Irão e Costa Rica na fase de grupos do Mundial de Sub-20, que se jogará na Coreia do Sul entre maio e junho. Emílio Peixe revelou esta terça-feira a lista de convocados e deu conta das expetativas para a competição.
 
«Temos muita responsabilidade e isso é um factor de motivação. Estamos preparados e gostamos de sentir essa responsabilidade. O nosso primeiro grande objetivo é passar aos oitavos de final, o segundo é fazê-los como líderes do grupo.»
 
«Espero que consigamos ir o mais longe possível. Queremos muito ganhar e é isso que nos alimenta: ganhar permanentemente. Mas não podemos fugir do nosso foco: ajudar jogadores a crescer para chegarem à seleção A. Vamos lutar com todas as nossas forças e a certeza de que tudo fizemos para dar o melhor por Portugal.»
 
O selecionador nacional reconhece que Portugal terá pela frente adversários com jogadores em contexto competitivo superior ao dos seus jogadores, mas alertou para a qualidade da sua equipa.
 
«Eles sabem que vamos disputar o acesso aos oitavos de final com eles e têm respeito. A nossa seleção lidera o ranking europeu; estamos isentos nos sub-17 e sub-19 de participar nos apuramentos. Tem sido feito um investimento extraordinário para nos dar mais e melhores condições.»
 
«Sabemos onde estamos agora, mas queremos muito mais», disse ainda Emílio Peixe recordando o mundial de 1991 [Lisboa] no qual participou e em que Portugal venceu o título: «Tenho grandes lembranças como jogador. Na altura não assumimos, mas dissemos que íamos para fazer o melhor.»
 
Questionado ainda, na conferência de imprensa após divulgar os convocados, se tal como Fernando Santos queria voltar para Portugal no dia 11 de junho (não de julho, como o técnico principal), Peixe sorriu e disse que «claro que sim, gostaria muito».
 
«Gostava muito de vir no dia 11. No futebol como na vida, não podemos deixar de sonhar. Sonhamos. Estamos a preparar este momento há cerca de um ano e tem sido muito enriquecedor e muito positiva a interação de toda a federação (FPF), que quer mostrar ao mundo a qualidade dos seus jogadores.»
 
Na mesma ocasião, e até antes de responder às perguntas da comunicação social, Peixe quis falar da situação de Guga e deixar «uma palavra de apreço e gratidão a todos os que fizeram parte do grupo ao longo de cinco anos»: «A todos eles uma mensagem de força e de grande motivação para aquilo que é o inicio das suas carreiras. Não estão nesta lista, mas todos contribuíram para estarmos no Mundial.»