O selecionador nacional de sub-21, Rui Jorge, assumiu que Portugal tem um grande desafio nesta quarta-feira, frente aos Países Baixos – assim se chama oficialmente a Holanda agora – no último jogo de apuramento para o Europeu da categoria. Ainda que qualificada, a seleção quer chegar ao primeiro lugar.

«Teremos de fazer um grande jogo para ganhar, não tenho a mínima dúvida», disse Rui Jorge, na conferência de antevisão do encontro.

«Vamos defrontar a melhor seleção do grupo, tem números impressionantes para o apuramento. Ofensivamente são muito fortes, com muitos golos marcados e temos mesmo de estar ao nosso melhor nível se queremos passar para a frente do grupo», resumiu.

Portugal garantiu a presença no Campeonato da Europa depois de ter batido o Chipre, no último encontro e esta partida serve não só para definir o vencedor do grupo, como também impõe à equipa um desafio idêntico ao que vai encontrar na prova da Hungria/Eslovénia.

«Eles também estarão na fase final do europeu, este é o nível que vamos encontrar. Os melhores de cada grupo de qualificação, com capacidade superior a todos os outros», continuou Rui Jorge.

Questionado sobre a boa identidade que os sub-21 criaram desde que é responsável pela categoria, o técnico sublinhou que gosta que se vejam as coisas desta forma.

«É algo que gostamos de manter neste grupo, neste espaço. Já o dissemos, este espaço é diferente da seleção AA, mas o que preconizamos para aqui é que os jogadores consigam demonstrar toda a qualidade que têm e que os portugueses tenham prazer em ver a seleção sub21 jogar», comentou.

«Os nossos números têm ajudado a que isso aconteça, os resultados levam a que a seleção seja olhada de modo diferente, mas os jogadores que escolhemos para demonstrar essa qualidade é importante para ter esse reflexo», acrescentou.

Agora, Rui Jorge quer que as palavras dos jogadores passem a ser realidade. Ou seja, que Portugal demonstre em campo aquilo que diz: «Mais do que falar em ganhar, a ambição de ganhar não se demonstra nas palavras. Acredito que se fizermos bem aquilo em que acreditamos, ganharemos.»

Ao treinador «pouco importa que os jogadores digam que querem ser primeiros», pois o que é realmente importante «é que estejam é bem no treino, que quando se fala da equipa adversária estejam atentos» às indicações para depois colocarem em prática a teoria.

Quanto à seleção dos Países Baixos, Rui Jorge concluiu: «Eles têm um plantel bastante forte, têm uma excelente equipa. Há alguns jogadores que jogaram contra nós e que não vêm, vão à seleção principal, outros que voltaram a integrar este espaço. A espinha dorsal do AZ Alkmaar estava aqui, com cinco jogadores habitualmente titulares, a jogarem ao mais alto nível, com competições europeias. Como o português, o jogador holandês é refinado e inteligente.»