Fernando Santos esteve esta segunda-feira no Você na TV, na TVI, e esteve à conversa com Manuel Luís Goucha sobre a fé que tem em Deus.

Católico praticante, o selecionador nacional separou as águas na hora de falar sobre futebol. «Deus não vai em futebóis, se não teria um grande trabalho. Se alguma equipa fosse ganhar por rezar muito ou pouco, seria sempre muito difícil. Se agradeço aos céus? Isso é outra questão: sou eu, pela inspiração que pode transmitir-me, pela acalmia ou pela tomada de decisão. Mas é a mim. Se os meus jogadores não correrem e não tiverem qualidade, não vamos ganhar nada: é tudo conversa. Para ganhar é preciso muito trabalho, muita concentração, empenho, dedicação e vontade. Sozinho ninguém ganha.»

E acrescentou: «Estrelas só vejo no céu e, mesmo assim, estão sempre em grupo: nunca vi lá nenhuma sozinha.»

Fernando Santos identificou ainda duas figuras, quase sempre invisíveis, para equilíbrio de uma equipa e, particularmente, da Seleção Nacional: os roupeiros e os enfermeiros.

«Quando partimos para um trabalho somos à volta de 70 pessoas. Há muita gente a trabalhar à volta deles [jogadores] e há dois grupos que têm muita importância, porque é onde os jogadores se encostam. Têm uma grande proximidade pelos jogadores e os jogadores têm carinho por eles. Ninguém fala deles, mas são muito, muito importantes. Quando não estão a jogar, é a eles que os jogadores vão encostar-se e desabafar. São fundamentais. É importante esta ligação que cria este cimento de união que torna o eu no nós.»