Fernando Santos, selecionador de Portugal, depois da vitória de Portugal sobre a Arábia Saudita (3-0), no Estádio do Fontelo, em jogo de preparação para o Mundial2018.

[Que mensagem passou aos mais novos antes deste jogo?]

- A mensagem preparei quando chamei os jogadores. O facto de os chamar já é uma mensagem fortíssima. Os jogadores sabem que quando os chamo é porque tenho uma confiança enorme neles. Foi uma exibição segura, a equipa esteve sempre equilibrada nos momentos importantes do jogo. Esta equipa [Arábia Saudita], se a deixássemos jogar, podia criar aqui ou acolá alguns problemas. Na primeira parte não estivemos tão bem na finalização, no último terço do terreno. Mas depois sempre que perdíamos a bola, reconquistámo-la. Na segunda parte voltamos a fazer o mesmo. O que é de louvar e que não me surpreende, é a determinação dos jogadores, com grande vontade de vencer e ganhar.

[Estreia absoluta de Kevin Rodrigues?]

- Vocês conhecem-me e sabem que não vou falar individualmente em nenhum jogador. Quando convoco os jogadores é porque confio neles. Tínhamos a certeza absoluta da sua qualidade quando os chamámos, mas agora o importante relevar é o coletivo.

[Sai deste jogo com mais soluções para o Mundial?]

- Sim, é natural, os jogadores vão crescendo. O trabalho que tem vindo ser desenvolvido no futebol português, quer a nível de clubes, quer na seleção, na formação, é natural que apareçam mais jogadores com qualidade. Isso para o selecionador é sempre positivo porque tem mais dores de cabeça e ainda bem.

[Fica com um grupo mais aberto?]

- Mais aberto não pode ser porque só podemos levar 23 [risos]. Já tinha acontecido no Euro, no Mundial também haverá jogadores que não vão estar. No futebol não se pode dizer que há justiças ou injustiças. Tenho um lote de que vai muito para além dos 23 e isso é bom.

[Foi um bom jogo para fazer exercícios ofensivos?]

- Esta equipa vai estar no Campeonato do Mundo. É um possível adversário de Portugal. Não foi um exercício de futebol ofensivo, foi também um exercício de futebol defensivo. Ninguém pode atacar muito, sem defender bem. É preciso ter a bola, roubar a bola, é isso que as grandes equipas conseguem fazer muito bem. A transição ofensiva esteve muito bem. Quando a equipa está bem equilibrada, há mais caudal ofensivo.

[Frente ao Estados Unidos podem haver mais estreias?]

- Não é uma obrigatoriedade, mas se tiver a oportunidade de durante o próximo jogo os colocar a jogar, assim o farei. Se for possível vou tentar colocar todos os jogadores a jogar, mas não é uma obrigação.