Petit, antigo internacional e atual treinador do Boavista, manifestou-se «feliz e extremamente orgulhoso» pela qualificação da Seleção Nacional para a fase final do Campeonato do Mundo de 2022.

«Claro que estávamos à espera de que isto acontecesse e estivéssemos presentes num Mundial. Parabéns ao mister Fernando Santos e a todos os jogadores. É sempre importante estarmos nestas provas», sublinhou o técnico, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo dos portuenses em Famalicão, no sábado, da 28.ª jornada da I Liga.

Petit representou a seleção nacional entre 2001 e 2008, contabilizando 59 encontros e quatro golos marcados, e foi ainda convocado para disputar os Mundiais de 2002 e 2006 e os Europeus de 2004 e 2008.

Quanto ao jogo de sábado, frente ao Famalicão, Petit lamentou as ausências inesperadas, após duas semanas de paragem da prova.

«Se fosse hoje o jogo, tínhamos algumas ausências. O Reggie Cannon ainda não está connosco, há indisponíveis em termos disciplinares e também alguns lesionados. Às vezes, estas pausas são boas para recuperar alguns jogadores, mas aconteceu-nos o contrário. Ainda assim, estamos preparados para um jogo difícil e contra um adversário bom. Quem entrar dará boa resposta», referiu.

O iraniano Alireza Beiranvand e o congolês Gaius Makouta já voltaram das respetivas seleções nacionais, ao contrário de Reggie Cannon, que falhou os últimos jogos dos Estados Unidos na qualificação para o Mundial2022, devido à infeção pelo coronavírus.

«Estas pausas podem ser positivas ou negativas. Gostamos de ter sempre bastantes soluções, para que o treino seja competitivo e possamos dar rotinas às nossas ideias. Trabalhámos sempre com um plantel curto nestes 15 dias e chamámos jogadores da formação, mas temos de nos adaptar à realidade do futebol. Os treinadores são pagos para arranjar soluções e dar continuidade ao crescimento dos jogadores», observou.

Os castigos do equatoriano Jackson Porozo e do espanhol Javi García aumentam as baixas do Boavista na defesa, que também já estava desfalcada do francês Yanis Hamache, por lesão, mas Petit promete «um onze que não foge muito à ideia de jogo».

Os «axadrezados» vêm de dois empates e uma derrota para o campeonato e ficaram em branco no empate com o lanterna-vermelha Belenenses SAD (0-0) e na derrota caseira ante o vizinho FC Porto (0-1).

«Tenho essa experiência [de lutar pela manutenção] ao longo da carreira como treinador, mas importa mais olhar para aquilo que temos de fazer e nunca para os outros. Estamos atentos à tabela classificativa, mas o nosso foco é jogo a jogo e trabalhar para lutar pelos três pontos. Se não fizermos o nosso trabalho, ninguém o vai fazer por nós», advertiu.

O treinador referiu-se ainda ao Famalicão como uma equipa «forte» e que atua numa estrutura parecida à do Boavista. «Desde que [Rui Pedro Silva, treinador do Famalicão] chegou, começou com um sistema diferente do que tem agora. Há dinâmicas distintas e o plantel foi reforçado em janeiro. Sabemos onde é que podemos ferir o adversário e que dificuldades é que nos pode criar. Respeitando-o sempre, vamos com a mesma ambição e vontade de sempre», concluiu.