Fernando Santos tirou ilações bem positivas na derrota com a França (1-2) e quer, agora, corrigir as «deficiências» que detetou nesse jogo já esta terça-feira frente à Dinamarca. O selecionador falou quase sempre em termos coletivos e passou a ideia que, em relação ao onze inicial, não vai mudar muito para este segundo jogo da fase de qualificação para o Euro-2016.

«Ainda não defini o onze totalmente, mas tenho uma ideia próxima. Será de acordo com a estratégia que delineámos ao longo da semana. Nunca jogamos sozinhos. É importante termos confiança do que vamos fazer enquanto equipa, mas sempre com atenção ao adversário», referiu.

O selecionador admite que foram cometidos erros, mas preferiu não individualizar. «Foram erros coletivos, não foram individuais. Também tivemos oportunidades de golo que não conseguimos concretizar. Se tivéssemos conseguido finalizar, teria sido diferente. Preocupei-me mais pelos aspetos coletivos e, obviamente, com alguns pormenores de posicionamento que não estiveram corretos. Procurei corrigir de uma forma verbal. Ontem procurámos em campo pensar nisso, mas também em conversa com um quadro procurei explicar o que correu menos bem», acrescentou.

William Carvalho entrou no decorrer da segunda parte, mas esta terça-feira é uma das possibilidades para jogar de início. «Estudando bem o adversário, o que me interessa é o que podemos fazer coletivamente, não com o jogador A , B ou C. Um jogador pode fazer a diferença, mas senão tivermos organização defensiva, dificilmente ganhamos o jogo. A Dinamarca é uma equipa que se espalha pelo campo todo, gosta de ter posse de bola, sabemos isso e vamos procurar uma equipa que nos possa oferecer as melhores soluções», comentou.

Cedric e Eliseu foram dos jogadores mais criticados depois do jogo com a França mas, mais uma vez, Fernando Santos preferiu falar em termos coletivos. «A avaliação tem de ser feita pela equipa, pelo que analisámos, pela forma como os jogadores responderam. Temos de tentar retificar individualmente e coletivamente, mas não se pode resolver o problema dessa forma. Temos uma estratégia e não podemos mudar tudo, isso traria mais desvantagens do que vantagens»,. destacou.

Erros corrigidos, uma grande vontade de vencer, mas também um grande respeito pela Dinamarca. «Tenho um grande respeito pela Dinamarca. Não disse que íamos ganhar, disse que vamos tentar ganhar, disse que queremos ganhar. Sou suficiente esperto para reconhecer capacidade e qualidade à Dinamarca. É uma equipa muito organizada, tem um treinador muito bom e tem bons jogadores. Portanto, podem dizer que vim aqui para procurar ganhar e isso parece-me claramente legítimo. Acredito que o Morten Olsen [selecionador da Dinamarca] quando vier jogar a Portugal dirá a mesma coisa», destacou ainda.