Portugal venceu na Polónia com uma exibição que contou com momentos de alto nível. Fernando Santos ficou naturalmente satisfeito, mas para o selecionador o mais importante é ganhar e só depois pensa na «nota artística». A mesma receita para o jogo deste domingo com a Escócia, mesmo sendo um jogo de carácter particular.

A prioridade é ganhar, portanto não é difícil de adivinhar qual o jogo da seleção que mais prazer deu ao selecionador. «Foi em St. Denis, a 10 de julho de 2016. De longe. Tomara eu voltar a ter um momento desses. Já sou treinador há muitos anos. Não há treinador do mundo que não queria que a sua equipa, em primeiro lugar, ganhe, em segundo, ganhe jogando bem. Porque só jogando bem é que se pode ganhar. Não há nenhum treinador que não queira ganhar», começou por referir em conferência de imprensa.

O selecionador quer, antes de tudo, vencer, mesmo sem jogar bem. «Também tenho o direito de poder dizer que se tiver de ganhar a jogar normal, ou perder com nota artística, prefiro ganhar. Não quero saber disso para nada, perder com nota artística? Não me interessa nada. Agora, claro que quero que a equipa jogue bem, se isso for mais agradável à vista, melhor para o treinador, melhor para os jogadores, melhor para o público e melhor para a imprensa. É isso que quero. Muitas vezes as características da equipa ou o adversário não nos permitem que isso se faça. Nesse momento a minha opção é ganhar. Isso é claro», insistiu.

Um jogo que deverá contar com um apoio intenso dos escoceses à sua seleção. «Conheço bem o clima, a paixão que os adeptos têm por esta equipa. Joguei aqui pelo Benfica contra o Celtic, mas também joguei com o AEK contra o Hibernian. Na realidade é apaixonante vir aqui disputar um jogo porque essa paixão que é sentida de fora para dentro, leva os jogadores a transcenderem-se e a fazerem jogos fantásticos Esse jogo com o Benfica foi muito difícil para nós. Perdemos 0-3 com o Celtic. É muito difícil jogar aqui, os meus jogadores vão ter de estar preparados para isso. Essa paixão que vem de fora para dentro é muito importante. O povo escocês é muito apaixonado pelo jogo e apoia muito as suas equipas», comentou ainda.