A derrota de Portugal diante da Rússia (0-1), num jogo particular de preparação para o Euro-2016, fica marcada pelas quatro estreias absolutas na Seleção Nacional, com destaque para a titularidade de Gonçalo Guedes. Quatro estreias que analisamos aqui à lupa.

Além das estreias neste sábado, Fernando Santos já tinha lançado quinze jogadores: Cedric, João Mário, Anthony Lopes, José Fonte, Raphael Guerreiro, Paulo Oliveira, André Pinto, Tiago Gomes, Daniel Carriço, Nélson Semedo, Adrien, Danilo, Bernardo Silva, André André e Ukra.
 
Gonçalo Guedes
Estreia absoluta aos dezoito anos num jogo ingrato em que o jovem extremo teve poucas possibilidades de se mostrar no ataque. Ajudou Cédric a fechar o flanco direito, por onde os russos faziam escoar boa parte do seu caudal ofensivo, mas apareceu, aos 36 minutos, no melhor lance do ataque português na primeira parte, com uma boa combinação com Nélson Oliveira antes aplicar um forte remate que deixou as luvas de Akinfeev a ferver. De resto, em termos ofensivos, pouco mais a acrescentar. Acabou por deixar o campo aos 82 minutos para ceder o lugar a Ricardo Pereira.


  Rúben Neves
Entrou para substituir André André a vinte minutos do final e sentiu as mesmas dificuldades que o companheiro do FC Porto para sair a jogar. Entrou, sobretudo, para ajudar a defender, numa altura em que a Rússia voltava a aumentar a pressão e numa das primeiras intervenções viu um cartão amarelo por falta sobre Zhirkov, mesmo sobre a linha da grande área.
 
Lucas João
Foi o primeiro a equipar-se para entrar em campo, mas entrou apenas a vinte minutos do final, com Rúben Neves, para render Nélson Oliveira. Tal como o avançado do Nottingham Forest, teve pouca bola e só apareceu no último lance da partida, com um desvio de cabeça a cruzamento de Cédric.
 
Ricardo Pereira
A estreia mais curta. Entrou a oito minutos do final para substituir Gonçalo Guedes, mas também teve de jogar recuado, para ajudar Cédric a fechar o flanco.

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Outros destaques
 
Rui Patrício
Decisivo nos primeiros quinze minutos do jogo, com pelo menos duas boas intervenções e a ajuda da trave na defesa do nulo. Destaque para uma defesa apertada de Dzyuba neste período. Esteve a receber assistência antes do intervalo, colocou uma ligadura na coxa direita, mas acabou por jogar os noventa minutos sem problemas e voltou a mostrar os seus dotes na segunda parte, com mais uma boa defesa a remate de Shirikov. No lance do golo, pouco mais podia ter feito.
 
Pepe
Bom regresso de Pepe, com uma exibição personalizada, sempre com muita tranquilidade, a sair muitas vezes a jogar com a bola no pé.
 
Nélson Oliveira
Um regresso quase dois anos depois da última oportunidade, mas com muito pouco para mostrar a Fernando Santos. É verdade que o jogo também nunca lhe foi favorável, mas em mais de setenta minutos, no ataque, destaque apenas para uma boa combinação com Gonçalo Guedes.
 
João Mário
Tal como os companheiros do meio-campo, sentiu muitas dificuldades para sair a jogar perante a pressão que os russos exerceram sobre o meio-campo português. Cometeu muitos erros, mas também é verdade que esteve muito em jogo e ainda assinou dois remates à baliza de Akinfeev.