Fernando Santos laçou o mote e todos os jogadores têm alinhado no discurso do selecionador, no sentido de que, Portugal não é favorito para o Euro2016, mas vai a França claramente com a intenção de ganhar. João Moutinho não foge à regra e alinha pelo mesmo diapasão, fala em «ambição», mas deixa um alerta: «Não podemos relaxar».

Primeiro a ambição. «Se não achássemos que era possível não valeria a pena estar aqui. A ambição final é ganhar o Euro. Temos um excelente grupo, unido, e mostrámos isso na qualificação e na preparação. Temos capacidade para melhorar a cada treino. Temos de encarar os jogos com a máxima seriedade, não podemos relaxar. Não podemos pensar na final sem pensar na fase de grupos ou no primeiro jogo. O objetivo final é sermos campeões, sabendo que temos capacidade», atirou.

Depois o alerta. «Tenho ouvido dizer que temos um grupo fácil, o que, na minha opinião, não é verdade. Neste momento não há jogos fáceis. Vamos pegar no exemplo da Islândia que eliminou a Holanda e qualificou-se em primeiro lugar do grupo, com bom futebol, bons jogadores e com todo o mérito. As outras equipas também são outsiders, mas também têm bons jogadores. Temos de encarar todos os jogos com o objetivo de ganhar, não podemos relaxar. Hoje, em qualquer jogo, sofre-se um golo e é difícil ir correr atrás do resultado«, alertou o jogador do Monaco.

Por falar em golos, João Moutinho marcou nos últimos dois jogos que fez pela seleção. «Claro que é sempre bom, felizmente pude marcar nos últimos dois jogos, espero dar continuidade, mas o mais importante é ajudar a seleção a ganhar, seja com golos, passes, só a correr ou mesmo a apoiar por fora. Claro que, se puder ajudar com golos, me sentiria um pouquinho mais realizado, mas não é io mais importante», comentou.

A seleção, com Fernando Santos, joga mais em 4x4x2, mas a variante 4x3x3, mais utilizada pelos clubes, também tem sido testada. «Já trabalhei tanto num como no outro sistema. O selecionador é que tem de ver o que acha que é melhor para a seleção e nós, jogadores, temos de dar o máximo num ou noutro sistema. Um já está mais trabalhado o outro também já está a ser. É bom termos dois sistemas para, conforme o jogo, possamos alterar o jogo ou não», referiu ainda o internaciponal português