A FIGURA:

Rúben Semedo

Impulsão, velocidade, capacidade de choque e de antecipação… Rúben Semedo tem tudo e esta tarde jogou «de cadeirinha», controlando desde lá de trás as tímidas investidas israelitas. Lá na frente, sempre que pôde avançou no terreno, sobretudo em lances de bola parada para tentar fazer a diferença. Em meio ano, cresceu muito o defesa-central leonino. Aos 22 anos, é ele o patrão da defesa desta geração. Para quando a chamada à seleção principal?

O MOMENTO: Minuto 83’. Ricardo e... bola para a Horta

Sete minutos para o final e uma oportunidade soberana, uma raridade neste jogo em que o adversário se defendeu-se como pôde… Ricardo Horta, que até entrou bem, desperdiçou e daí em diante a Seleção Nacional não voltou a lançar o pânico junto da área israelita. Recapitulemos: Gelson Martins cavalgou sobre a direita e cruzou adocicadamente para a pequena área… Era só encostar… Mas Ricardo colocou mal o pé e atirou a bola… para a Horta – se preferirem o uso de uma expressão popular.

OUTROS DESTAQUES:

Rúben Neves

Portugal estava a ter dificuldades em chegar à baliza contrária e o médio portista tratou de tentá-lo por conta própria de meia-distância. Numa dessas tentativas quase inaugurou o marcador num remate cruzado à entrada da área com a bola a passar bem perto da baliza israelita. De resto, Rúben Neves mostrou as qualidades que lhe são reconhecidas: sobretudo qualidade de passe e a cultura tática que o faz aparecer bem nas coberturas e o torna um pequeno maestro quando a equipa está (como esteve quase sempre esta tarde) em ataque continuado.

Bruno Fernandes

A par de Rúben Neves foi ele que pegou no jogo e mais tentou visar a baliza contrária de meia distância. Uns metros à frente do portista era o médio da Sampdória que tentava organizar. Nem sempre acertou no passe, mas foi dos que esteve mais perto do golo, como aos 50’ num remate de trivela que quase surpreendeu o guarda-redes Elkaslasi.

André Horta

Apareceu bem nos primeiros 45 minutos a tentar criar movimentos de rotura e a tentar o último passe. Quase conseguiu assistir Fernando Fonseca para golo em cima do intervalo, criando a melhor oportunidade da equipa portuguesa na primeira parte.

Shoval Gozlan

O ponta-de-lança de 22 anos do Maccabi Haifa foi, de longe, o mais perigoso dos israelitas. Em abono da verdade quase se pode dizer que foi o único. Referência no ataque lutou muitas vezes sozinho entre os centrais lusos. Mesmo assim, andou perto do golo num par de ocasiões. A melhor delas logo aos 17’, quando apareceu na área e quase surpreendeu o guarda-redes Joel Pereira na primeira grande oportunidade do jogo.