Nuno Gomes estava esperançado numa redução mais substancial do castigo imposto pela UEFA, mas revelou ao Maisfutebol que o depoimento do árbitro austríaco Gunter Benko em Nyon o deixou desde logo «apreensivo». 

«Claro que havia a esperança de que o castigo fosse mais reduzido, e sobretudo que não implicasse os clubes, mas depois de ouvir o árbitro na quarta-feira fiquei logo um pouco apreensivo», diz o avançado da Fiorentina, que no entanto não revelou grandes pormenores sobre o que Gunter Benko disse ao júri de apelo da UEFA. 

Nuno Gomes partiu para Nyon «optimista» e, apesar do pressentimento, saiu de lá a pensar que a decisão da UEFA poderia ser-lhe mais favorável. 

Agora que sabe o veredicto - apesar de aguardar uma notificação oficial considera fiável a informação veiculada através do advogado de Abel Xavier - o dianteiro português mostra-se resignado e disposto a «esperar que o tempo passe bem depressa». 

«Fica a saber a pouco, mas um mês sempre é melhor que nada. Resta-me respeitar a decisão, não adianta continuar a falar sobre isto. É melhor aceitar do que levantar mais problemas», considera. 

A redução de um mês no castigo permite a Nuno Gomes alinhar por mais um jogo da Selecção no apuramento para o Mundial 2002 do que o previsto quando se conheceu a suspensão inicial de oito meses. O adversário será Andorra. 

No caso da Fiorentina, o ponta-de-lança e o clube terão algo a ganhar se a equipa se qualificar para os oitavos-de-final da Taça UEFA. 

«É sempre mau perder jogos importantes da Selecção», sublinha o avançado, referindo-se sobretudo ao primeiro encontro frente à Holanda. 

Nuno Gomes não esquece a Fiorentina e conclui com a ideia que serviu, afinal, de base aos recursos apresentados pelos portugueses: «Os clubes não tinham de pagar pelo que passou, mas infelizmente a UEFA não foi sensível a isso.»